A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 136

Ponto de vista de Hayley:

Não me virei imediatamente. No instante seguinte, ouvi Christopher perguntar:

— Com quem você está falando?

Henry, animado, respondeu:

— Olha, é a Hayley!

Mas Christopher retrucou, rindo:

— Você deve estar vendo coisas! Isso definitivamente não é a Hayley.

Ao ouvir essas palavras, respirei fundo e, finalmente, me virei – revelando um rosto que lhe era totalmente desconhecido.

Henry ficou boquiaberto.

— De costas, eu realmente achei que era ela. Não esperava que fosse apenas alguém com uma estrutura parecida.

Christopher riu ainda mais e provocou:

— Você está obcecado, não é? Por que tanto interesse na Hayley?

Henry, envergonhado, deu um tapinha brincalhão em Christopher e disse:

— Vamos lá, não me provoque. Pareceu com ela por um segundo.

Após a risada de Christopher, ele seguiu Benjamin pelo corredor.

Como éramos muitos, alugamos duas salas privativas nas águas termais. Eu acompanhei Amy, enquanto Benjamin seguia com Henry e Christopher.

Amy se despiu, revelando uma silhueta impecável, e logo mergulhou na água termal com evidente prazer. Olhou para mim e perguntou:

— Sra. Selena, você não vai se juntar a mim?

Balancei a cabeça e respondi:

— Não, obrigada, Sra. Amy. Prefiro ficar aqui e acompanhá-la daqui; se eu entrar, minha maquiagem vai borrar.

Amy não insistiu e se divertiu na fonte por alguns momentos antes de retomar a conversa:

— Sra. Selena, você se importaria de me contar um pouco sobre o Sr. Benjamin?

Percebendo seu forte interesse por ele, perguntei casualmente:

— O que exatamente você quer saber, Sra. Amy?

Ela me fitou intensamente, com um olhar afiado e cintilante, e disse:

— Na verdade, pesquisei um pouco antes de vir. Pelo que descobri, o Sr. Benjamin ainda não encontrou uma companheira.

— Sra. Amy, parece que você está bastante interessada no nosso Sr. Benjamin, — observei.

Amy sorriu abertamente, sem tentar esconder suas intenções.

— Eu realmente o admiro. Mas, como não o conheço bem, esperava que você pudesse me dar uma ideia de suas preferências.

Ao olhar para onde o som se originava, meu rosto empalideceu.

— Cobra! É uma cobra!

Enquanto a maioria dos lobos – inclusive os Ômegas – não teme esses répteis, eu, como Alfa, tinha um medo peculiar deles.

Minha apreensão remontava à infância, durante os treinos de combate. Enquanto Hera passava por seu período de letargia, fui emboscada por uma cobra; seu toque frio e viscoso me aterrorizava.

Mesmo tendo rasgado a cobra ao meio naquela ocasião, a memória ficou gravada como uma cicatriz duradoura.

Instintivamente, quis correr, mas minhas pernas travaram.

— Não se aproxime... não se aproxime... ajuda! — gaguejei, dando passos cambaleantes para trás, enquanto a cobra erguia a cabeça em minha direção.

Por um breve momento, quase cedi o controle para Hera, pronta para deixá-la agir, mas isso revelaria minha verdadeira identidade.

— Ajuda! Alguém, por favor! — gritei, enquanto a cobra se aproximava perigosamente.

No instante crítico, algo inesperado a assustou, fazendo-a recuar com receio.

Virei-me e, para minha surpresa, vi um lobo imponente, cuja presença era ao mesmo tempo poderosa e protetora.

Seus olhos, afiados como lâminas, bastaram para que a cobra se afastasse.

— Você está bem? — perguntou o lobo, que logo voltou à forma humana – era Benjamin.

Ele se aproximou com preocupação estampada no rosto. Ainda tremendo, por puro instinto, lancei-me em seus braços, buscando abrigo e segurança.