A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 141

Ponto de vista de Hayley:

No instante em que avistei Benjamin, congelei – totalmente surpreendida – e minha mente ficou em branco. Esqueci até como conduzir a bicicleta, e antes que pudesse reagir, ela saiu do controle, derrapando violentamente.

— Sai do caminho, mova-se! — gritei.

Benjamin se virou a tempo de ver a bicicleta avançando em sua direção. Em um piscar de olhos, ele deu um passo à frente, e nós dois acabamos caindo no chão, rolando várias vezes.

Enquanto estava firmemente segurada em seus braços, Hera se agitava de pura excitação, ansiosa para que eu o reivindicasse. Benjamin me olhou com um olhar curioso e inquisitivo, como se estivesse prestes a dizer algo, mas, ignorando os impulsos selvagens de Hera, afastei-me rapidamente, tropeçando para trás.

— Eu... eu sinto muito! Não foi minha intenção! — gaguejei.

Deliberadamente, virei o rosto e levantei-me, tentando recuperar o equilíbrio.

— Sinto muito por ter batido em você! — repeti, quase sem dar a Benjamin tempo para responder, antes de correr para pegar minha bicicleta caída.

— Está tudo bem — Benjamin disse lentamente, com uma expressão calma, porém indecifrável.

Sem ousar permanecer por ali, empurrei minha bicicleta e apressei-me, enquanto meu pequeno cachorro, Loki, trotava até Benjamin. Abanando o rabo, Loki esfregou-se na perna da calça dele, como se quisesse agradecer.

Benjamin soltou uma risada e, abaixando-se para acariciar o pelo de Loki, deixou o cachorrinho se afastar logo em seguida.

— Senhor Benjamin, está tudo bem? — perguntou um dos funcionários, ansioso.

— Estou bem. Vamos entrar — respondeu ele.

O funcionário conduziu Benjamin para dentro do castelo, e fiquei parada, completamente atordoada.

Ver Benjamin ali já era surpreendente, mas vê-lo adentrar o meu próprio castelo era algo ainda mais inusitado!

Será que ele estaria aqui por minha causa?

Pelo que pude perceber, isso não era provável.

Mordi o lábio, decidi esperar e segui a uma distância discreta.

Dentro do castelo, Tara foi a primeira a notar Benjamin. Um funcionário o apresentou:

— Tia Tara, este é o convidado do Sr. Josh, o Alfa, Sr. Benjamin.

Tara sorriu calorosamente e exclamou:

— Ah, então você é o Sr. Benjamin! Ouvi falar muito sobre você!

Benjamin cumprimentou-a com educação:

— Olá. O Sr. Josh está aqui?

Tara assentiu animadamente:

— Sim! Sr. Benjamin, você veio de tão longe de Astoria, não é? Por favor, espere aqui enquanto vou buscá-lo.

Tara então instruiu o funcionário a preparar um café para Benjamin e saiu para chamar o Sr. Josh.

Nesse momento, aproximei-me de Tara e, puxando-a de lado, perguntei:

— Quem é esse homem? Por que ele está aqui?

Tara explicou:

— Ele é um amigo do Josh. Alguns dias atrás, ele me contou que um amigo dele estaria visitando. Acontece que esse é ele.

Uma onda de ansiedade me dominou. Para evitar suspeitas, lembrei-a:

— Tia Tara, de agora em diante, por favor, não me chame de "Hayley". Use o nome que lhe pedi – chame-me de "Hazel".

Sem questionar o motivo, Tara sorriu e disse:

— Tudo bem, tudo bem, Srta. Hazel!

Intrigado, perguntei:

— Para onde exatamente estamos indo?

Ela explicou:

— O Sr. Josh nos instruiu a levá-lo a um local especial assim que chegasse. Você entenderá quando o destino se revelar.

Curioso, subi na carruagem e o cocheiro partiu por um caminho sinuoso pelos jardins do casarão, dando-me tempo para apreciar os arredores.

O casarão era imenso, com vinhas e parreiras que se estendiam por toda parte, um campo de girassóis dourados e, ao fundo, um deslumbrante campo de lavanda que pintava a paisagem com tons etéreos.

— Senhor Benjamin, chegamos! — anunciou o cocheiro, parando a carruagem em frente ao castelo.

Olhei para a imponente construção, intrigado sobre quem era esse Sr. Josh, pois nunca o havia ouvido mencionar antes.

Desci da carruagem, sentindo a antecipação crescer a cada passo, enquanto adentrava o pátio do castelo.

Ponto de Vista de Hayley:

No pátio, eu empurrava uma bicicleta com uma mão e segurava uma pipa de papel com a outra. Atrás de mim, Loki seguia alegremente, abanando o rabo.

— Tia Tara, estou levando o Loki para soltar a pipa. Voltaremos logo — anunciei.

Mal terminei quando senti a conexão mental do castelo se acionar:

— Tenha cuidado, Srta. Hazel, e volte logo.

Subi na bicicleta, com a pipa firmemente presa, e comecei a pedalar devagar pelo caminho.

De repente, senti a presença de alguém me observando. Hera, minha loba, ficou inquieta e excessivamente excitada.

Meu coração acelerou, e, cautelosamente, virei-me para ver...