A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 169

Ponto de vista de Hayley:

Olhei para meu reflexo no espelho e soltei um suspiro de alívio. Felizmente, minha maquiagem permaneceu intacta. Corrigi-la teria sido um incômodo desnecessário.

Depois de verificar que tudo estava em ordem, saí do banheiro.

Benjamin, que antes dormia no chão, já estava acordado. Senti-me estranhamente desconfortável ao encará-lo agora, mas ainda assim perguntei:

— Você está bem?

Ele respondeu com naturalidade:

— Estou bem.

Então, fez um leve gesto, chamando-me para mais perto.

Hera se agitou dentro de mim, animada com sua presença, e me instigou a obedecer. Hesitei por um breve momento, mas acabei me aproximando.

Foi então que reparei no sangue seco manchando sua calça.

— O que aconteceu com a sua perna? Você se machucou gravemente? — perguntei, abaixando-me para examinar mais de perto.

A perna dele estava completamente manchada de sangue, como se tivesse sido ferido há muito tempo.

— Não é nada sério, apenas um pequeno corte, — respondeu casualmente. — Não se esqueça de que sou um Alfa. A ferida já cicatrizou—só parece ruim por causa da crosta.

Ele tentou minimizar a situação, mas o sangue seco me dizia o contrário.

— Ajude-me a levantar. Quando atracarmos, Tyrone pode passar um pouco de remédio.

Franzi a testa, minha preocupação aumentando.

— Sua perna parece estar bem pior do que você admite. Você deveria ir ao hospital.

Ignorando sua relutância, passei o braço dele pelo meu ombro e o ajudei a se sentar no sofá.

Meus olhos permaneceram fixos na sua perna enquanto um estranho aperto tomava conta do meu peito.

Benjamin não precisava se ferir, mas mesmo assim o fez—e por mim.

Minha voz saiu mais baixa quando perguntei:

— Está doendo?

— Não, — ele respondeu de imediato, sua expressão inalterada.

Mas eu sabia que ele estava tentando agir durão. Seu orgulho como Alfa o impedia de demonstrar fraqueza, mas eu já havia decidido: assim que o navio atracasse, o levaria ao hospital, queira ele ou não.

Mesmo um Alfa não era invencível. Perder tanto sangue era perigoso, não importava o quão forte ele fosse.

Foi nesse momento que barulhos altos começaram a ecoar pelo lado de fora do quarto, tornando-se cada vez mais intensos.

— O que está acontecendo lá fora? — perguntei, intrigada.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar