A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 438

PONTO DE VISTA de Hayley:

O olhar de Benjamin suavizou, irradiando um calor que parecia dissipar o frio da noite.

Sorri, sentindo meu coração aquecer, e corri até ele, envolvendo meus braços ao redor de sua cintura.

"Por que você está aqui tão tarde?" perguntei, com a curiosidade transbordando na minha voz.

Ele ergueu a sacola que segurava. "Achei que talvez você estivesse precisando de algumas coisinhas essenciais, então trouxe algumas coisas."

Ao abrir a sacola, encontrei uma seleção cuidadosamente pensada: protetor solar, um kit de primeiros socorros completo e diversos medicamentos comuns — tudo meticulosamente organizado.

"Por que você trouxe tudo isso pra mim?" perguntei, surpresa com tamanha atenção.

Ele deu de ombros, sorrindo ao bagunçar meu cabelo com carinho. "É melhor prevenir do que remediar, certo?"

Tocada por seu cuidado, sorri de volta. "Obrigada. De verdade, isso significa muito."

Mas seu semblante mudou, um brilho travesso surgindo em seus olhos. "Só isso? Só um 'obrigada'? Achei que merecia um pouco mais de gratidão."

Ergui o olhar, aceitando o desafio em seu tom, e, ficando na ponta dos pés, deixei um beijo leve em seus lábios. "Isso serve?"

Os olhos de Benjamin cintilaram com diversão, e ele respondeu com um murmúrio brincalhão: "É um bom começo, mas ainda tá longe do que eu esperava. Vou aceitar — por enquanto."

Com as bochechas coradas, dei-lhe um empurrão leve. "Já chega, você fez sua boa ação do dia. Agora deveria ir."

Por um instante, sua expressão ficou séria. Ele me olhou diretamente e perguntou: "Hayley, quando é que você vai crescer?"

Surpresa, reagi de imediato: "Eu já tenho dezoito anos."

"Não é disso que estou falando," ele disse, num tom mais profundo, enigmático.

Suas palavras ecoaram em minha mente enquanto eu voltava para o dormitório.

De frente para o espelho, observei meu reflexo. Meu corpo era o de uma mulher feita — esguia, curvas acentuadas, cada traço refletindo minha idade adulta. Certamente ele não estava falando sobre aparência. Balancei a cabeça, afastando aquele comentário misterioso.

Na manhã seguinte, a cerimônia de abertura trouxe consigo uma atmosfera de entusiasmo e renovação.

Assim que a van começou a se mover, ela continuou: "Você conheceu minha mãe, não é? Ela... é diferente da maioria dos lobos."

Assenti, sem saber exatamente aonde ela queria chegar.

Sua voz suavizou. "Seu lobo deve ter percebido. Minha mãe tem sangue humano, o que a tornou mais frágil. Desde que minha irmã morreu, ela nunca mais foi a mesma. Sua mente está... despedaçada. Já tentamos de tudo — médicos, especialistas, terapias... nada funcionou. Pensamos que seria permanente."

Ela pausou antes de continuar.

"Mas então ela conheceu você. E algo nela reagiu. Foi a primeira vez em anos que vimos qualquer emoção verdadeira — e desde então, ela não parou de chamar pelo nome da minha irmã. Ela se recusa a comer, a dormir direito... só quer ver você de novo."

Inclinei a cabeça, tentando entender. "Ela reagiu... por minha causa?"

Freya assentiu lentamente. "Acho que ela te confundiu com minha irmã. Eu sei que isso não muda nada, mas... eu precisava tentar algo. Por isso estou pedindo sua ajuda."

Ela segurou minha mão, sua voz tremendo com emoção contida.

Franzi a testa, meu tom ficando mais sério. "E o que exatamente você quer de mim hoje?"