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A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 475

Ponto de vista de Daniel:

Ao me virar abruptamente, acabei esbarrando em uma mulher beta.

Ela franziu a testa, massageando o peito, e me lançou um olhar de coitada que logo se transformou em uma expressão sedutora.

Não me impressionei, mas fui direto ao ponto:

— Você conhece a Hayley Carson?

— Hayley Carson? — repetiu ela, e sua fisionomia azedou no mesmo instante. O tom, antes indiferente, ficou frio como gelo. — O que você quer com ela?

Sua reação exagerada revelava alguma ligação com Hayley.

Antes que eu pudesse responder, ela se apressou em soltar o que provavelmente achava ser um alerta útil:

— Você parece ser um lobisomem importante, alguém de alto escalão. Não caia no jogo dela.

— Hayley está noiva e vive cercada por homens diferentes todos os dias. A vida dela é um caos completo. E, francamente, ela é só uma Ômega. Acredite em mim, você se arrependeria até de uma única noite com ela.

Apesar da tentativa de manchar a imagem de Hayley, a maneira como ela falava — ávida demais para difamar — me fez desconfiar.

Estava claro que havia se aproximado de mim de propósito, possivelmente achando que poderia me impressionar.

Vendo sua arrogância disfarçada de preocupação, uma ideia mais interessante surgiu.

Mesmo sentindo o desprezo crescer por dentro, mantive um sorriso charmoso e entrei no jogo.

— Agradeço pelo aviso. Foi muito generosa. Como posso retribuir tanta gentileza?

Ela fingiu humildade, satisfeita consigo mesma.

— Ah, imagina. Eu só odeio ver gente sendo enganada. Nada pessoal.

A falsidade era evidente, e mal consegui conter meu desdém.

Mas ela escolheu a pessoa errada para encenar. Eu enxergava além da fachada.

Disfarçando o desinteresse com entusiasmo, aproveitei a deixa:

— Tenho um amigo da Matilha da Meia-Noite que vai dar uma festa de aquecimento no bar dele hoje à noite. Que tal me acompanhar?

Senti como se tivesse sido enganada por Benjamin.

Ele prometera um descanso relaxante na Matilha da Meia-Noite, mas no fim, passei o dia inteiro sendo levada de reunião em reunião.

Quando finalmente deixamos o prédio do escritório, o céu já estava escuro.

Afundei no banco do carro, soltando um suspiro que traduzia todo o meu tédio.

Negociações comerciais eram entediantes ao extremo.

E, para piorar, estando com Benjamin, eu não podia cuidar de nenhuma pendência da Matilha das Sombras.

Lamentei não ter trazido meu caderno de desenhos. Criar novos modelos teria sido a maneira perfeita de passar o tempo.

Benjamin dirigia com concentração, mas, no próximo semáforo, ele inesperadamente virou o volante para a direção oposta do meu hotel.

Confusa, virei para ele:

— Não era pra virar à esquerda aqui?

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