A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 481

Ponto de vista de Hayley:

O beijo se intensificou rapidamente, e os instintos de Hera gritavam dentro de mim, ansiosos para que eu me entregasse ao acasalamento.

Por um momento, perdi o controle, meus dedos pairando sobre os botões da camisa de Benjamin. Mas, com esforço, reprimi os impulsos ferozes de Hera, forçando-os de volta à submissão.

Permanecemos assim, presos naquele calor avassalador, trocando beijos com uma paixão que parecia não ter fim — até que, finalmente, nos separamos.

Atordoada e sem fôlego, percebi que ainda estava nos braços dele. Corando, fechei o punho de forma brincalhona e dei um leve soco em seu peito.

— Você é demais! — resmunguei.

Benjamin sorriu com aquele ar maroto de sempre e, como se quisesse deixar tudo ainda mais claro, apertou o abraço, nos unindo ainda mais.

— Prefiro chamar isso de expressão sincera dos sentimentos — provocou, sua voz baixa e carregada de intenção. — O corpo não mente. Você não me afastou agora, então isso só pode significar que me deseja tanto quanto eu te desejo. Estou errado?

Mordi o lábio inferior, incapaz de formular uma resposta.

Ele se inclinou, sua respiração roçando minha pele enquanto sussurrava:

— Esperar está se tornando insuportável. Quero nada mais do que te apresentar oficialmente como minha Luna. Sob a bênção da Deusa da Lua... para então, acasalarmos. E nos marcarmos.

— O quê?

Estávamos tão próximos que eu podia sentir o calor de seu corpo e... a evidência inegável do seu desejo. Minhas bochechas pegaram fogo.

Ignorando os protestos raivosos de Hera, que não queria se afastar, empurrei Benjamin com força e criei distância entre nós.

Ele pareceu perceber que havia passado do limite. Tossiu de forma desconfortável e desviou o olhar.

— Vamos voltar. Já está tarde, e você precisa descansar.

— Ok — concordei rapidamente, praticamente saltando para dentro do carro. Me sentei no banco de trás como uma coelhinha assustada.

A viagem de volta foi envolta em silêncio, mas uma tensão latente pairava entre nós.

De tempos em tempos, nossos olhares se encontravam pelo espelho retrovisor. Nenhuma palavra era dita, mas havia muita coisa sendo dita com os olhos.

Ao chegar à minha casa, Benjamin não entrou. Me acompanhou até a porta e partiu sem dizer muito.

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