A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 542

Ponto de vista de Hayley:

A raiva de Hera se intensificou dentro de mim, furiosa e repentina como uma tempestade prestes a explodir.

Por um instante, desejei estar na propriedade da Matilha das Sombras. Se estivéssemos lá, meus guerreiros já teriam contido Freya no momento em que ela cruzou a porta sem ser convidada. Ela estaria amarrada, submetida à punição que merecia.

"Senhorita Carson, faz tempo. Ainda se lembra de mim?" A voz de Freya cortou o ar, seus olhos presos aos meus com intenção calculada.

Ela invadiu a sala como se fosse dona do mundo, sua postura arrogante preenchendo o espaço.

Não respondi. Meus pensamentos estavam em outro lugar. Será que eu deveria chamar dois Betas para guardar a entrada? Proteger meu avô e minha avó?

Não podia permitir que pensassem que era possível invadir meu território sem consequências.

Freya, como esperado, ignorou a Sra. Laurel e Virginia. Em vez disso, dirigiu-se aos meus avós com uma doçura falsa. "Vocês devem ser o respeitado Sr. e Sra. Carson da Matilha das Sombras," disse, a voz melosa demais para ser genuína. "A presença de vocês é verdadeiramente imponente."

"Não é surpresa que a senhorita Carson tenha se mostrado tão brilhante e promissora!"

O vovô, no entanto, não tinha paciência para joguinhos. Virou o rosto, claramente desinteressado. Sua voz carregava sarcasmo.

"A Hayley sempre foi muito capaz. Nunca precisou de instruções nossas," respondeu ele. "Mas há pessoas que realmente precisam de orientação... ou acabam se perdendo. Se você quiser aprender, podemos ensinar, embora eu duvide do seu interesse."

"Existe uma regra clara em todas as matilhas," continuou, firme. "Lobos não oprimem os seus. E isso se aplica a qualquer matilha, seja qual for o nome que carrega."

Freya entendeu o recado. Seu rosto endureceu, claramente irritada com a indireta.

"Haverá tempo para sermões depois," ela respondeu, a voz tensa. "Agora não. Minha mãe e minha avó passaram por um trauma. Estão abaladas. Eu as levarei para casa imediatamente para garantir que estejam bem."

Sem esperar por resposta, ela se aproximou e agarrou o braço da Sra. Laurel. A senhora resistiu, mas Freya foi impiedosa, tentando arrastá-la.

Sua voz desceu alguns tons, revelando algo mais sombrio. "Vovó, precisamos ir. Sem você e mamãe, tudo desmorona. Não posso manter a família unida sozinha!"

Virginia entrou em pânico. Seus olhos se arregalaram, e ela correu, tentando afastar Freya de sua mãe. "Solte! Monstro, me deixe em paz!"

Freya, sem se abalar, soltou a Sra. Laurel por um instante, apenas para empurrar Virginia com força. "O que há de errado com você?" cuspiu, o olhar gélido e cruel.

Virginia caiu no chão.

Freya não moveu um músculo para ajudá-la. Apenas ajeitou o cabelo com frieza, como se nada tivesse acontecido.

Ela hesitou. Seus lábios se entreabriram, mas nada saiu. O conflito era visível em seu olhar.

Freya, apesar de tudo, estava certa em um ponto: a família Sanders estava em colapso, e ela tinha assumido o controle.

Laurel estava dividida — entre fazer o que era certo ou manter o legado que sustentara por tantos anos.

Eu compreendia. O poder, o nome, os negócios... tudo aquilo era difícil de largar.

Mas, se ela aceitasse minha ajuda, eu assumiria o controle dos Sanders, resolveria o caos, afastaria Freya e Daniel, e então devolveria tudo a Laurel.

Tudo dependia da escolha dela.

E então Freya percebeu que eu estava ganhando terreno. Seu olhar se aguçou, uma fúria ardente por trás dos olhos.

Ignorando a presença dos meus avós, ela avançou para mim, a voz baixa e cheia de veneno. "Isso não é da sua conta, Hayley. Os Sanders são meus. Fique fora disso."

Seu olhar me queimava. Com um esgar, ela acrescentou: "Quem te deu o direito de manter minha mãe e minha avó aqui sem minha permissão?"