A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 63

Ponto de vista de Hayley:

— O que você está fazendo, Benjamin? Me solte! — Lutei instintivamente, tomada por uma onda de confusão.

Se não fosse pela escuridão ao redor, ele teria visto minhas bochechas ruborizadas, vermelhas como uma maçã madura.

Benjamin franziu as sobrancelhas ao me observar.

— Você não disse que sua perna doía?

Desviei o olhar, tentando manter a compostura.

— Mas eu ainda consigo andar.

Ele bufou levemente, ignorando minha teimosia.

— Não é grande coisa. Está escuro, o caminho está escorregadio e são apenas alguns passos, afinal.

Suas palavras me fizeram engolir minha resposta.

Sem mais argumentos, me acomodei relutantemente em seu abraço enquanto ele me levantava com facilidade, posicionando-me sobre uma grande rocha.

Dentro de mim, Hera vibrava de excitação, insistindo para que eu me agarrasse a ele, para que o marcasse como meu.

— Esse é o nosso companheiro! Ele é perfeito para nós! — ela insistia.

Tentei ignorá-la e me concentrar em manter a compostura.

Benjamin se agachou à minha frente e examinou minha lesão com atenção.

— Sorte sua, não está quebrado. Apenas algumas feridas superficiais. Com seu nível de Ômega, vai se curar sozinha, mas uma pomada pode acelerar o processo — ele afirmou, sua voz firme, mas sem arrogância.

Na verdade, eu havia torcido o tornozelo esquerdo, mas, por ser uma Alfa, minha recuperação seria rápida.

— Obrigada, Benjamin — disse sinceramente.

Ele se levantou e se virou para um de seus subordinados.

— Entre em contato com Henry e peça para ele nos encontrar ao pé da montanha.

— Sim, Alfa! — O subordinado curvou-se respeitosamente antes de se transformar em lobo e partir rapidamente.

Então, Benjamin voltou seu olhar para mim e declarou:

— Eu vou te carregar para baixo.

Não era uma sugestão, era uma ordem.

— Não, sério! Eu consigo andar! — protestei, apressadamente.

Ele nem sequer hesitou.

— Suba.

Diante de sua teimosia inabalável, suspirei e, após um momento de hesitação, subi em suas costas.

Benjamin começou a me carregar montanha abaixo.

A força de seus braços, a segurança de seus passos firmes… a proximidade me fazia sentir um estranho tremor no coração.

Será que o arranjo da Deusa da Lua era realmente inquebrável?

Se ele era meu companheiro destinado, isso significava que me apaixonar por ele, amá-lo, era inevitável?

Então, voltou seu olhar para mim.

— Hayz, você passou por muita coisa. Não se preocupe, Vovô vai garantir que você tenha justiça.

— Obrigada, Vovô Southwell! — Sorri, agradecida.

Eu não queria envolver os Southwell, pois essa era uma questão pessoal. Mas sabia que não podia deixar passar.

Quem quer que tenha feito isso, eu não descansaria até que pagasse pelo que fez.

Além disso, esse ataque aconteceu dentro da Matilha da Meia-Noite, e se George não tomasse providências, poderia afetar a aliança entre minha Matilha das Sombras e a deles.

Assim que voltei para meu quarto, tranquei a porta e contatei Thomas imediatamente.

— Alpha! Está tudo bem? — Sua voz carregava uma preocupação genuína.

— Desculpe por te preocupar. Quando enviei o pedido de socorro, imaginei que você viria. Mas Benjamin e sua equipe chegaram primeiro, então sei que você evitou se expor.

— Sim, achei melhor manter nossa conexão oculta. Mas se precisasse, eu teria aparecido — Thomas garantiu.

Suspirei, aliviada.

— Agora preciso que me ajude com algo.

Uma ideia travessa começou a se formar na minha mente.

Se queriam me caçar, então que lidassem com as consequências.

Meu sorriso se tornou afiado enquanto dava a Thomas um conjunto de ordens específicas.