A Promessa da Alfa Feminina romance Capítulo 92

Ponto de vista de Hayley:

Nueve se virou, os olhos arregalados de surpresa ao me ver parada ali. Ele ficou em silêncio por um longo momento, como se estivesse processando o que via, antes de finalmente gaguejar:

"Harmonia, és tu?"

Sorri de lado, brincalhona. "O que achas?"

Num instante, Nueve se transformou em um lobo e correu na minha direção, incapaz de conter a emoção. Quando estava prestes a me alcançar, ergui a mão para detê-lo.

"Espera! Não te entusiasmes demais!"

Abaixei-me para abraçá-lo, sentindo sua alegria transbordar. Lentamente, ele voltou à sua forma humana, os olhos marejados.

"Depois de todos esses anos, finalmente voltaste. Tens ideia de como foi difícil te encontrar?" Sua voz falhou no final, engasgada pela emoção.

Acariciei seu ombro em um gesto tranquilizador. "Mas estou aqui agora, não estou? E parece que tens aproveitado a vida."

O semblante de Nueve suavizou levemente, mas sua expressão ainda carregava um peso profundo. "Siete e os outros sabem que voltaste?"

"Não ainda, acho que não."

Ele rapidamente enxugou as lágrimas, endireitando os ombros. "Não tens ideia… Siete tem esperado por ti. Durante todo esse tempo, ele foi o único que nunca deixou o passado para trás. Ele se tornou compositor para um cantor famoso. As letras dele são incríveis, mas sem a tua voz e tua música, falta algo… falta a magia."

Olhei ao redor da vila, absorvendo cada detalhe. Depois de um longo silêncio, sugeri:

"Que tal jantarmos esta noite?"

O rosto de Nueve se iluminou com entusiasmo. "Fantástico! Vou convidar todos!"

Interrompi rapidamente, "Não, por enquanto, vamos manter isso só entre nós. Apenas nós dois."

Ele hesitou. "Prometi a Siete que avisaria caso ouvisse algo sobre ti."

Fiquei em silêncio, e Nueve percebeu meu desconforto. Ele suspirou. "Está bem, se é isso que queres. Vou te mostrar o lugar em vez disso."

Assenti e segui para o quintal, onde uma fileira de motocicletas de edição limitada brilhava sob o sol. Meus dedos deslizaram sobre uma delas, a nostalgia tomando conta de mim.

"Faz séculos desde que estive aqui."

Nueve riu, jogando um chaveiro na minha direção. "Vamos dar uma volta!"

Peguei as chaves, subi na moto e coloquei o capacete. No instante em que liguei o motor, um arrepio de empolgação percorreu meu corpo. Sorri e acelerei pela estrada.

Nueve logo me alcançou, emparelhando sua moto com a minha. "Parece que estamos de volta aos velhos tempos!"

Depois de um tempo rodando, ele me levou até um bar. Pedimos os coquetéis assinatura da casa, e eu levantei meu copo para ele.

"Nueve, é ótimo te ver novamente."

Os olhos dele brilharam com emoção. "Harmonia, faz tanto tempo."

Tomamos nossos drinques, e eu perguntei:

Respirei fundo e comecei a cantar.

"Quando as pétalas caem das flores, o perfume permanece…

Desaparece com o vento e a chuva, deixando ninguém para senti-lo…"

Minha voz preencheu o ambiente, e o bar mergulhou em um silêncio absoluto.

A emoção da música fluía através de mim, e quando terminei a última nota, a plateia irrompeu em aplausos estrondosos.

Sorri e me curvei antes de sair do palco.

Mas então, uma voz familiar cortou o burburinho.

"Espere!"

Meu coração acelerou.

Hera se agitou dentro de mim, e meu pulso disparou.

Virei-me lentamente—e lá estava ele.

Benjamin.

Ele me reconheceria?