A Protegida do Sr. Russell romance Capítulo 69

Os laboratórios geralmente ficavam um pouco mais distantes do centro da cidade, já que ocupavam uma grande área, e seria mais fácil encontrar um local adequado nos subúrbios, pois o preço seria mais acessível. Além disso, os experimentos requerem muita atenção, assim, evitar ambientes com muitas distrações é algo importante. E também, obter especiarias e matérias-primas nos subúrbios é mais fácil.

Quando Lilian trabalhava na MN Inc., seu laboratório também ficava na periferia da cidade. Como o capital de Natanael era limitado, ele alugou apenas a metade de um antigo prédio para a fábrica. E reclamava quando precisavam comprar matéria-prima.

Claro, o olhar de Natanael era sempre para o produto acabado, e a etapa de investir era superficial, como se fosse possível fazer algo sem boa matéria-prima. Mas então ele falava sobre o futuro com Lilian e resolvido! Sempre era só conversa.

Embora o local fosse distante, era possível chegar até lá de táxi. Ao chegar, Lilian se deparou não apenas com uma fábrica, mas com uma torre inteira. Embora parecesse bastante normal, era inesperado ter tal edifício nesta área.

"Senhora Bianchi, estou aqui,” Lilian comunicou Julia de sua chegada e aguardou na porta do prédio. A porta estava trancada e havia guardas de segurança e equipamentos de controle de acesso, então esse deveria ser o lugar.

“Dê-me cinco minutos,” Julia respondeu brevemente e rapidamente desligou enquanto Lilian esperava na porta. Não havia muitos moradores na área ao redor. Ela não esperava que os laboratórios da Renascimento fossem assim.

Contudo, era o rico Grupo La Beauté o patrocinador da Renascimento. E claro, as condições eram outras, diferentes da velha fábrica em que ela costumava trabalhar, que mais parecia uma fábrica de peças mecânicas.

Cinco minutos depois, Julia saiu. Ela estava paramentada: usava um casaco branco e o cabelo estava enrolado sob um boné. Seu olhar era completamente diferente desta vez. Depois de tocar no cartão de acesso, ela disse a Lilian com uma expressão fria: “Entre comigo! Lembre-se, não pergunte muito, fale menos e ouça mais, entendeu?”.

“certo!”, Lilian assentiu.

O elevador subiu até o sétimo andar. Depois que a dupla saiu do elevador, alguém deu um passo à frente e entregou a Lilian um jaleco branco, boné e protetores de sapato. Ela estava familiarizada com eles, pois os vestiu rapidamente e fez a higienização necessária.

Ela estava ainda receosa. Julia a deixou participar do experimento?

Como a recomendação era de não perguntar, então ela não perguntou. Apenas seguiu e fez o que Julia disse. Devido à natureza do trabalho de um perfumista, o sabonete usado para a higienização não deve ter fragrâncias, pois afetaria o julgamento do perfumista sobre os cheiros das matérias-primas. Ainda que não houvesse necessidade de serem muito cuidadosos com a higienização, era um requisito essencial.

No entanto, quando Lilian seguiu Julia até o laboratório, ela percebeu que não era o que ela pensava. Para ser preciso, não era um laboratório. Pelo menos, não era o tipo de laboratório em que ela se acostumara a trabalhar quando fazia perfumes. Tinha um cheiro horrível, um fedor estranho que se espalhava por toda a sala.

Lilian quase vomitou! Ela resistiu ao nó no estômago quando olhou para Julia. Percebeu que ela não havia reagido ao cheiro, e que olhava Lilian com uma expressão sombria.

"Senhora Bianchi, este é o meu segundo teste?” Ela adivinhou de alguma forma.

"Por quê? Você está com medo?" perguntou Julia.

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