A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 14

Flávia Almeida tentou falar, mas as palavras simplesmente se recusaram a sair, presas na garganta.

A verdade é que Marcelo Lopes jamais poderia ser seu porto seguro!

"Flávia Almeida?"

A voz de Marcelo Lopes se elevou, perturbado pelo silêncio do outro lado da linha.

Depois de alguns segundos, a voz de Flávia finalmente saiu, meio rouca: "Hoje surgiu um imprevisto, podemos marcar para outro dia?"

Marcelo Lopes zombou. "Marcar para outro dia? Flávia Almeida, você acha que eu tenho todo o tempo do mundo? Foi você quem quis o divórcio, e agora some bem na hora H. O que você está aprontando?"

Flávia empalideceu, sua voz estava áspera. "Realmente não posso fazer isso hoje, vê quando você tem tempo e me avise. Eu garanto que vou estar lá."

"Não tenho tempo para essas palhaçadas!"

Com essas palavras geladas, Marcelo desligou a chamada.

Agarrando o celular, Flávia riu consigo mesma.

Sempre que mais precisou de Marcelo, ele nunca estava lá. Com o tempo, a esperança desapareceu e ela deixou de esperar algo dele.

Sentada sozinha na sala de espera silenciosa, passou um bom tempo até que uma enfermeira veio avisar que era hora de mudar de quarto.

Fernanda Nunes milagrosamente havia sido estabilizada, mas o médico alertou Flávia que a saúde de sua mãe estava piorando, um sinal preocupante, e aconselhou ela a se preparar emocionalmente.

Depois de agradecer, Flávia dispensou o médico e pediu que a emfermeira trouxesse água quente.

Quando a enfermeira se ofereceu para ajudar, Flávia recusou gentilmente, "Deixa que eu faço, irmã, pode descansar. Se precisar, eu chamo."

A enfermeira foi embora e Flávia torceu a toalha molhada, sentou-se ao lado da cama e começou a limpar o corpo de sua mãe.

Já fazia seis anos desde o acidente, e Fernanda estava na mesma condição, deitada na cama de hospital. Suas funções vitais se deterioravam dia após dia, apesar da alimentação intravenosa.

Estranhamente, apesar de Fernanda ter sido uma mãe rigorosa e distante na infância de Flávia, a ligação entre mãe e filha parecia inquebrável. Esse amor duro ainda era algo que Flávia não conseguia abandonar.

Depois de cuidar de sua mãe, Flávia estava exausta e suada.

O banheiro do quarto de Fernanda só tinha água quente depois das oito da noite. Uma enfermeira sugeriu que ela usasse o banheiro público no andar de baixo, que era para os acompanhantes, e até emprestou a Flávia uma muda de roupa.

Agradecida, Flávia pegou seus itens de higiene e foi ao banheiro indicado.

Era horário de jantar no hospital, então o banho foi tranquilo e sem interrupções.

Ao sair, ela se sentia revigorada e a dor de cabeça havia passado.

Já era quase noite, e a temperatura estava agradável. Sem pressa, Flávia decidiu ir até o terraço no segundo andar para tomar um ar.

No celular dela, além das mensagens diretas no Twitter, só tinha uma mensagem de WhatsApp de Francisca Ferreira, perguntando onde ela estava e por que ainda não tinha voltado.

Flávia Almeida respondeu, "Estou com a minha mãe."

Francisca Ferreira mandou uma resposta rapidinho, "E a tia, como está?"

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