A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 201

Marcelo Lopes, evidentemente, não responderia a essa pergunta, mas falou: "O que você acha?"

Felipe Monteiro disse: "Parece ser verdade."

Marcelo Lopes sorriu, mas não continuou o assunto.

Felipe Monteiro observou a tela do seu computador por um bom tempo antes de falar: "Cunhado, você poderia falar com a Sra. Flávia para mim? Eu não quero ir para a escola."

A palavra "cunhado" agradou Marcelo Lopes, que no entanto apenas olhou para Felipe Monteiro e falou com serenidade: "Acha que eu pareço alguém que consegue controlar ela?"

Felipe Monteiro: ...

Marcelo Lopes levantou para pegar uma garrafa de cerveja e, ao oferecê-la a Felipe Monteiro, perguntou: "Quer?"

Felipe Monteiro estendeu a mão para pegá-la, mas Marcelo Lopes recuou, dizendo: "Esqueci, você é menor de idade."

Felipe Monteiro: ...

Ele já era maior de idade, certo?

Marcelo Lopes deu um gole da própria bebida antes de perguntar novamente: "Por que você não quer ir para a escola?"

Marcelo Lopes perguntou por que ele não queria ir "para a escola", e não "às aulas".

Duas acepções completamente diferentes.

Felipe Monteiro mordeu o lábio, sem dizer nada por um longo tempo.

Marcelo Lopes não pressionou, e depois de um breve silêncio, Felipe Monteiro finalmente falou: "Eu machuquei alguém, e agora querem que eu pague as despesas médicas, mais de um milhão."

Depois de dizer isso, ele olhou discretamente para a expressão de Marcelo Lopes, mas, para sua surpresa, não viu nenhum sinal de raiva ou desagrado em seus olhos.

Ele até perguntou com calma: "Você matou alguém?"

Felipe Monteiro: ...

"Claro que não! Eu só... só quebrei a cabeça do cara, mas eu também levei uns socos! Os pais dele foram pra a escola, fizeram uma lista de exigências, disseram que iam falar com o diretor e queriam que eu pagasse mais de um milhão. Eu não tenho todo esse dinheiro…"

Marcelo Lopes disse: "Você não quer pagar, por isso se recusa a ir à escola, mas já pensou que mesmo que você não vá, eles ainda podem encontrar o diretor?"

Felipe Monteiro empalideceu e disse em voz baixa: "Se eu puder esconder por um dia, é um dia ganho. Vou trabalhar fora, ganhar dinheiro e contratar um advogado. Com certeza não terei que pagar tanto. Só não quero que o diretor se preocupe mais comigo."

"Fugir não resolve os problemas," disse Marcelo Lopes, fechando o computador. "E a indenização não é algo que eles possam decidir arbitrariamente. Melhor você dormir cedo."

Quando Marcelo Lopes subia as escadas, viu Flávia Almeida sentada nos degraus do segundo andar, com um casaco sobre os ombros e abraçando os joelhos.

Ao vê-lo, Flávia olhou para cima triste e disse: "Por que ele conta tudo para você?"

Marcelo Lopes apenas disse quatro palavras pra ela: "Carisma pessoal."

Flávia Almeida: ...

Sem vergonha!

"O que está esperando?" Marcelo Lopes olhou para trás e disse: "Venha cumprir sua promessa."

Flávia Almeida: ...

"Não pode ser noutro dia?"

"Sua credibilidade comigo não dura mais que vinte e quatro horas."

Flávia Almeida: ...

E assim, Flávia Almeida fazia Marcelo Lopes a massagem que tinha prometido.

Sim, a condição de Marcelo Lopes para sondar a situação era que ela fizer ele uma massagem.

Na manhã seguinte, depois do café da manhã, Felipe Monteiro colocou roupas novas e Flávia Almeida começou a apressá-lo para sair.

Felipe Monteiro, no entanto, não tinha pressa e demorouaté que Marcelo Lopes desceu as escadas. Assim que viu ele, correu para perguntar, "Cunhado, você poderia me acompanhar?"

Flávia Almeida: ?

Marcelo Lopes olhou para Flávia Almeida e disse, "Você não está com companhia?"

Felipe Monteiro respondeu, "A Sra. Flávia é muito ácida, quando ela abre a boca, com certeza vai sobrar para ela. Você não é lutador faixa preta de taekwondo? Se você for, ao menos eles não ousarão nos agredir."

Guiou eles até o prédio administrativo e, virando-se, disse, "Nosso professor está lá dentro."

Flávia Almeida ergueu o queixo, "Bata na porta."

Felipe Monteiro olhou para Marcelo Lopes antes de bater na porta.

"Entrem."

Uma voz veio de dentro e Felipe Monteiro abriu a porta.

Talvez por estar quase na hora da aula, havia muitos professores no escritório, alguns ocupados conversando, outros preparando aulas, e alguns respondendo a perguntas dos alunos.

O professor responsável pela turma de Felipe Monteiro estava no fundo da sala. Ele caminhava à frente, enquanto Flávia Almeida e Marcelo Lopes vinha atrás.

Conforme avançavam, as vozes iam diminuindo, até que chegaram na frente do professor responsável e Felipe Monteiro falou, "Professor Teixeira, meu responsável chegou."

De repente, o escritório ficou em silêncio.

Felipe Monteiro era uma criança do orfanato, e todos na escola sabiam disso, inclusive o diretor do orfanato, que havia comparecido a uma reunião de pais anteriormente. No entanto, devido à sua idade avançada e dificuldades de comunicação, Felipe Monteiro acabou preferindo não chamar eles mais.

Estas duas pessoas de hoje são... Funcionários novos contratados pelo orfanato?

Não parecem, essas duas pessoas têm um ar muito distinto.

Todos especulavam silenciosamente, observando discretamente o casal.

Flávia Almeida estendeu a mão, dizendo gentilmente, "Olá, Professor Teixeira, sou a guardiã de Felipe Monteiro, Flávia Almeida, e este é meu marido, Sr. Lopes."

Professor Teixeira finalmente se deu conta e levantou para apertar a mão dos dois, "Olá."

"O pequeno Felipe nos disse que houve um desentendimento com um colega na escola e que o colega acabou ferido. Viemos para conversar sobre o assunto."

Assim que Professor Teixeira ouviu que se tratava de uma negociação, levantou imediatamente, "Então vamos para a coordenação discutir isso, a criança voltou às aulas hoje, vou entrar em contato com os pais dele."

"Pode ser."

Depois que o grupo se retirou, alguém perguntou, "Professor Silva, você conhece aquele casal que chegou?"