A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 21

Aline Lopes se roeu de raiva, "Como você sabe que ele não está afim de mim? Os pais dele me adoram! Você é que não quer me ajudar!"

Marcelo Lopes assentiu, "Então vai atrás dele você mesma."

Aline engoliu em seco. Se ela conseguisse encontrar ele, será que estaria lá implorando a ajuda de Marcelo?

Desde que Lucas Ramos voltou ao país, parecia que ele estava sempre um passo à frente. Sempre que Aline descobria onde ele estava e corria até lá, ele já tinha partido, e seu celular estava sempre fora de área, como se ele estivesse se escondendo de propósito.

"Marcelo, dá essa força vai, você não quer ver sua irmã bem encaminhada?"

Marcelo olhou para ela com ponta de olho, "Lucas é sete anos mais velho que você, vocês não combinam."

"Quando você casou com a Flávia Almeida, ela tinha a minha idade, por que você não achou ela nova demais? Por que vocês homens são tão maxistas?"

Ao mencionar Flávia Almeida, ele lembrou de tudo que ela aprontou. Agora, não era só dor de cabeça que Marcelo sentia, mas também dor no estômago.

Decidido, jogou o celular para Aline, "Liga e vaza!"

Ela recebeu o celular radiante e logo ligou para Lucas.

O telefone foi atendido rapidamente e a voz suave de Lucas soou, "Alô."

"Lucas, onde fica você? Por que não atende minhas ligações ou responde minhas mensagens?"

Lucas sentiu uma pouco de dor de cabeça.

Marcelo, o cabeça-dura, não tinha levado a sério o que ele disse antes, e ainda tinha emprestado o celular para a garota.

"Eu estive ocupado esses dias, devo ter perdido suas mensagens. Algum assunto importante?"

"Nada demais... Só queria saber se você poderia me levar ao jantar beneficente no fim de semana. Não tenho convite."

Lucas recusou educadamente, "Pede para o seu irmão te levar, ele também tem convite."

"Meu irmão? Ele jamais me levaria, ele já tem outros planos."

Marcelo olhou para ela com desdém.

Lucas não acreditava nessa desculpa. Marcelo tinha status o suficiente para levar mais uma pessoa ao evento com um simples aceno de mão.

Ele sabia o que Aline queria e que se não esclarecesse as coisas de uma vez, ela continuaria alimentando esperanças. Depois de um breve silêncio, ele disse calmamente, "Desculpa, mas eu já vou acompanhado, não dá para te levar."

Aline ficou pasma e depois gritou, "Impossível! Você está me enganando, né? Você mal voltou para o país, sua tia nem teve tempo de arranjar encontros pra você, de onde saiu essa acompanhante? Para de me enrolar!"

Lucas não sabia o que fazer, "Acredita ou não, no dia você vai ver. Tenho assuntos a resolver agora, vou desligar."

Ele desligou a chamada antes que Aline pudesse dizer mais alguma coisa e olhou para Flávia Almeida, "Pra onde você vai? Posso te dar uma carona."

Flávia recusou rapidamente, "Não precisa, já chamei um táxi, logo vai chega."

"Com o trânsito pesado agora, não será tão fácil. Eu tenho que resolver umas coisas no centro, posso te levar, não será incômodo algum."

Depois de tanta insistência, recusar seria deselegante.

"Então tá, vou aceitar a carona até o Condomínio Primavera."

Durante o caminho, Lucas puxava conversa de vez em quando, mas sempre mantendo a linha. Ele não perguntava demais, como por exemplo, o que tinha acontecido especificamente na delegacia ou por que ela tinha aparecido no hospital daquela vez. Em vez disso, ele percebeu o pingente único no celular de Flávia e perguntou onde ela tinha comprado.

Ao saber que ela mesma tinha feito, seus olhos brilharam com surpresa e admiração.

A forma como ele falava com ela fez ela se sentir à vontade.

Ela imaginou, por um instante, como seria se Marcelo Lopes estivesse ali com ela naquele momento. Ele provavelmente olharia com desdém e soltaria um comentário ácido: "Feio pra caramba".

Se um dia Marcelo Lopes elogiar ela, com certeza o mundo estaria de cabeça pra baixo.

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