A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 317

Marcelo Lopes não era um mestre na arte da sedução, talvez não fosse considerado gentil, mas definitivamente não era bruto. No entanto, este beijo fez com que Flávia Almeida experimentasse profundamente o que era ser rude.

Ele quase arrancou os lábios dela com os dentes e, depois de conquistar o território, avançou com uma força dominadora e implacável.

Quase que instantaneamente, Flávia foi envolvida pelo cheiro dele, surpresa e irritada, enquanto se preparava para mordê-lo.

Marcelo Lopes, que já havia sofrido nas mãos dela, rapidamente agarrou seu queixo antes que ela pudesse reagir.

Flávia tinha uma mão acima da cabeça e a outra segurava um copo de água e, sem pensar, jogou o conteúdo no rosto de Marcelo.

Sua reação foi apenas uma breve pausa.

Com gotas d'água penduradas em seus cílios, ele levantou lentamente os olhos penetrantes, as gotas deslizaram pelo seu nariz até a ponta.

Marcelo baixou a cabeça, roçando a gota de água da ponta do seu nariz nos lábios de Flávia, e então beijou-a suavemente para tirá-la.

Quando os movimentos desaceleraram, tornaram-se especialmente cheios de insinuações.

Flávia, com as bochechas vermelhas, segurava o copo e olhava para a cabeça de Marcelo, hesitando por alguns segundos antes de finalmente bater em seu ombro com o copo.

Marcelo franziu o cenho, soltando seus lábios.

Ele levantou a mão para limpar as gotas de água do rosto dela, dizendo baixinho: "Quando me casei com você, não me importava se você era a filha mimada de alguma família, ou a filha de quem quer que fosse, eu simplesmente não me importava".

Flávia, com o queixo seguro por ele, não conseguia falar.

Com irritação, ela fez sinal para que ele a soltasse.

Marcelo hesitou por um momento, mas soltou a mão dela.

Flávia pegou uma vassoura de penas no hall de entrada e começou a bater nele: "Não me importa se você se importa ou não! Será que todas as suas palavras foram parar no estômago de um cachorro? Quem lhe deu permissão para me beijar?"

Ela não poupou força nos golpes, Marcelo não revidou, apenas levantou os braços para se proteger.

A vassoura de penas atingiu seu cotovelo, Marcelo soltou um gemido abafado, seu rosto empalidecendo instantaneamente.

Flávia parou, rangendo os dentes: "Não se faça de vítima comigo!"

Marcelo apertou os lábios: "Não estou me fazendo, meu ombro dói."

"Está doendo? Então vá se deitar!" - Flávia disse, abrindo a porta: "Vamos, saia!".

Marcelo abaixou a cabeça para olhar para sua camisa: "Como é que eu saio assim?".

A água havia encharcado completamente a frente de sua camisa, e a camisa branca ficava translúcida quando molhada.

Flávia o encarou: "Você não é uma mulher, por que tem medo de mostrar?"

Marcelo deu uma piscadela: "Eu deveria ter um pouco de dignidade, não é?".

Flávia pensou, onde está sua dignidade quando está comigo?

Uma palavra atrás da outra, e depois se contradizendo!

Ela olhou para Marcelo, as duas marcas em seu peito visíveis mesmo através da camisa, essa camisa era de seda, não era? Com essa aparência, poderia facilmente protagonizar uma cena de tentação úmida.

Toda a família Lopes ficou molhada por causa disso, o que, pensando bem, foi bastante satisfatório.

Flávia mordeu o lábio: "Peça ao Pedro para lhe trazer uma camisa".

Marcelo disse calmamente: "O Pedro saiu com a namorada e, além disso, já passa da hora".

Flávia olhou para ele sem entender, será que ele era um chefe tão generoso assim?

Vendo que Flávia não respondia, Marcelo perguntou: "Você não tem uma secadora aqui?".

"Não."

"E um secador de cabelo?"

"Não."

Marcelo franzia a testa: "Então o que você tem aqui que serve?"

Flávia cruzou os braços e lançou-lhe um olhar: "Gás natural, quer?"

Dez minutos depois, Marcelo Lopes estava sem camisa, segurando a camisa com as mãos ao lado do fogão a gás.

No pequeno apartamento com cozinha americana, Flávia Almeida podia ver facilmente Marcelo Lopes da sala de estar.

Ele estava de calça social, sem camisa, e os músculos de suas costas se mexiam quando ele balançava a camisa, uma visão muito agradável.