A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 367

Império Inovação Unida S.A.

Marcelo Lopes olhava para o vídeo projetado no seu celular, um brilho suave passando por seus olhos.

Marcos Rocha enviou uma mensagem via WhatsApp: "Olha, recuar para avançar também é uma boa estratégia, hein? Olha a expressão da sua ex-mulher, aposto que ela nem imaginava que você estava chateado."

Essa ideia maluca partiu de Marcos Rocha.

Inicialmente, Marcelo Lopes pretendia ir pessoalmente, mas Marcos Rocha sugeriu: "Não precisa insistir tanto, mantenha um equilíbrio, só assim ela vai se interessar ainda mais."

Foi então que ele resistiu a não ir.

E, por conta disso, viu o desapontamento nos olhos de Flávia Almeida.

Valeu a pena.

Marcelo Lopes enviou um documento para Marcos Rocha.

Ao abrir, Marcos viu que era uma carta de intenção para um projeto no distrito de alta tecnologia.

Caramba.

Ele tinha me implorado tanto, e não teve o mesmo efeito que um simples olhar da Flávia Almeida. Que amigo de pouca fé!

"Tire minhas algemas!" - Francisca Ferreira franziu a testa: "Preciso ir ao banheiro".

Marcos Rocha jogou o celular de lado, rindo: "Vá em frente, somos todos amigos aqui, por que está com medo?"

Francisca Ferreira o encarou: "Desamarre-se logo, senão vou fazer de você uma irmãzinha!"

Marcos Rocha fez um som de desdém: "Que falta de educação".

Dizendo isso, ele começou a procurar nas gavetas.

Dois minutos depois.

Francisca perguntou: "Você encontrou?"

"Parece que está na caixa."

Marcos Rocha correu para procurar entre as caixas embaladas.

Cinco minutos depois.

Francisca Ferreira começava a ficar impaciente: "Ainda não encontrou?"

Marcos Rocha coçou a cabeça: "Será que está no quarto?"

Dez minutos depois.

Francisca Ferreira explodiu: "Onde diabos você colocou a chave?"

Marcos Rocha, com um sorriso divertido, disse: "Esqueci".

Então os dois começaram a vasculhar o local de cima a baixo.

Meia hora depois.

Francisca Ferreira estava vermelha de vontade de ir ao banheiro: "Seu inútil, você fez de propósito!"

"Eu juro que esqueci onde coloquei. Que tal eu chamar os bombeiros para virem abrir?"

Francisca estava à beira das lágrimas: "Você quer me ver morrer de vergonha?"

Marcos Rocha, sem saída: "Então o que fazemos?"

Francisca não tinha resposta; ela não sabia arrombar fechaduras.

Mais importante, ela estava prestes a não aguentar mais. Morrer de vergonha era uma coisa, mas morrer de segurar a urina era outra.

Sem dizer uma palavra, ela puxou a algema com uma mão enquanto tentava forçá-la com a outra.

A algema, apesar de parecer um brinquedo, era extremamente resistente, e logo o pulso de Francisca estava vermelho.

Marcos Rocha segurou a mão dela: "Vá ao banheiro, eu não vou olhar, está bem?".

Francisca, com os olhos lacrimejando, respondeu teimosamente: "Não!".

Será que ele não ia ouvir?

Ir ao banheiro na frente de um homem, onde estava sua dignidade?

Mas logo percebeu que, entre a dignidade e a dor de segurar a urina, a última era insuportável.

Marcos Rocha pegou um par de fones de ouvido: "Se eu usar isso, não tem problema, não é?"

Ele colocou o volume no máximo, deixando que Francisca o testasse: "Não dá para ouvir nada, não é?".

Em seguida, colocou os fones nos próprios ouvidos e jogou o celular na mesa de centro: "Vamos lá, não consigo ouvir nada."

Francisca ainda tentou resistir, mas não aguentava mais.

Ela puxou Marcos Rocha e correu para o banheiro.

Marcos Rocha estava de costas para ela, usando fones de ouvido. Embora não pudesse ver nada, podia sentir o movimento de Francisca Ferreira.

A música alta nos seus ouvidos vibrava seus tímpanos, mas seus pensamentos, incontroláveis, se voltavam para a pessoa atrás dele.

Pensava no que ela estava fazendo e, por alguma razão, sentiu suas orelhas esquentarem.

Desconfortável, ele esfregou as orelhas e tentou se concentrar na música.

Poucos minutos depois, Francisca Ferreira se levantou para lavar as mãos.

Quando Marcos Rocha se virou, prestes a dizer algo, viu Francisca Ferreira com os olhos vermelhos, começando a soluçar.

Ele se assustou, tirou os fones de ouvido e disse baixinho: "Eu estava com fones de ouvido, não ouvi nada, por que você está chorando?"