A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 389

Por ter um encontro com o Dr. Mendes, Francisca Ferreira trocou de roupa, optando por uma saia em formato A.

Ela também pegou o modelador de cachos de Flávia Almeida, dando um jeito em seu cabelo.

Não sendo muito hábil com maquiagens elaboradas, aplicou apenas uma base leve e um batom, buscando um aspecto saudável, e saiu com sua mochila de esportes.

Marcos Rocha estava sentado na sala, folheando uma cópia de "O Pequeno Príncipe".

Ele refletiu sobre a frase que destacava a importância de valorizar a oportunidade de ver o nascer do sol com a pessoa amada, em vez de esperar até a velhice e se arrepender.

Ao vê-la sair, Marcos Rocha perguntou: "Esse livro é seu?"

Francisca Ferreira confirmou com um aceno de cabeça e perguntou casualmente: "Você gosta dele?"

"Não gosto." - Marcos Rocha fechou o livro e o colocou de lado: "Em meu jardim, como pode haver apenas uma rosa?"

Francisca Ferreira revirou os olhos internamente: "Nenhuma delas foi regada por você, portanto, mesmo que haja muitas, nenhuma delas realmente pertence a você."

"Aquilo que se gasta esforço para domesticar, se for levado embora por outro, não seria uma perda terrível?" - Marcos Rocha sorriu de lado: "Por isso, em vez de domesticar, prefiro conquistar."

Francisca Ferreira bufou: "Você desse tipo não deveria ler contos de fadas para adultos, você deveria estudar o 'Código Penal', para não acabar preso sem querer."

Marcos Rocha a observou: "Você está tão confiante que pode domar André Mendes?"

Francisca Ferreira balançou a cabeça: "Nunca estive confiante, apenas não quero ter arrependimentos. Se eu me esforçar, mesmo que não fiquemos juntos no final, não terei remorsos."

Marcos Rocha apertou os lábios e, depois de um momento, se levantou: "Vamos".

Marcelo Lopes se atrasou um pouco a caminho do Restaurante Flor de Lótus, franzindo a testa ao entrar.

Patrícia Batista não o enganou; de fato, havia ex-colegas de seu pai ali, mas todos acompanhados de suas famílias, alguns até com netos.

O evento não parecia trabalho em Cidade Viana, e sim um encontro de colegas.

Raimundo Martins não pôde vir, e Larissa Barbosa estava lá com Juliana Martins.

Ao ver Marcelo Lopes chegando, Patrícia Batista chamou: "Estávamos só te esperando, por que demorou? Vem, senta aqui."

Após cumprimentar todos superficialmente, Marcelo Lopes puxou uma cadeira ao lado de Aline Lopes.

À sua direita estava Juliana Martins, e ao lado dela, Larissa Barbosa.

Depois de se sentar, Juliana Martins passou para Marcelo Lopes os talheres já lavados, sussurrando: "Marcelo, use este conjunto."

Ele notou um bracelete de ágata vermelha em seu pulso, de excelente qualidade.

Agradeceu brevemente, desviando o olhar em seguida.

Patrícia Batista observou a cena, sentindo-se um pouco mais tranquila.

Ela nunca acreditou em amores profundos. Marcelo Lopes simplesmente não havia conhecido mulheres suficientes. Se ele se envolvesse mais, perceberia que mulheres como Flávia Almeida, de beleza superficial, são comuns, enquanto Juliana Martins, com sua substância, era realmente a mais adequada para ele.

Veja bem, bastou um pequeno contato para que ele se sentisse atraído por Juliana Martins.

O ex-colega A disse: "Juliana é muito atenciosa, Sra. Martins, a senhora criou sua filha muito bem".

Larissa Barbosa sorriu: "Juliana sempre foi determinada, quase nunca precisei me preocupar com ela."

O colega B elogiou: "Isso mostra que ter filhos é uma questão de genética, com bons genes, eles se tornam bem-sucedidos sem muita intervenção".

A esposa do colega C concordou: "Com os genes do Senhor Martins, só poderia nascer uma criança excepcional."

Marcelo Lopes comeu em silêncio.

Parece que esses antigos colegas realmente perderam o contato com a família Martins há anos, sem saber que Juliana Martins não é filha biológica de Raimundo Martins.

E ele até que se saiu bem.

No meio da brincadeira, a porta do quarto se abriu e Flávia Almeida, que estava tomando um refrigerante, não olhou para cima, apenas ouviu alguém chamar "Narciso".

Jerônimo Leme se virou e ficou imediatamente feliz.

"Narciso, é tão difícil te ver".

Flávia Almeida finalmente olhou para cima quando ouviu o nome.

O recém-chegado tinha cerca de um metro e oitenta e cinco de altura, vestindo uma jaqueta de couro e calças jeans pretas. À primeira vista, suas pernas pareciam intermináveis, dignas de um modelo.

Seu rosto tinha um ar pretensioso, usando óculos escuros mesmo à noite.

A linha da mandíbula era refinada, os lábios um tanto finos, com um sorriso que dava um ar intrigante e sedutor.

Flávia Almeida observava atentamente quando notou um leve sorriso formar-se nos cantos dos lábios dele.

Porém, ao olhar novamente, viu que o sorriso havia desaparecido.

Ele caminhava em sua direção enquanto dizia: "Está quase na hora de começar a gravação, como poderia faltar?”

Jerônimo Leme deu um tapinha no ombro dele, trocaram algumas palavras cordiais e, de repente, ele se virou para Flávia Almeida e disse: "Flávia, você não estava sempre perguntando quem ia fazer o papel do seu namorado na novela? Vamos lá, deixa eu te apresentar".

É ele mesmo?

Flávia Almeida ficou surpresa, mas manteve a compostura e, educadamente, estendeu a mão: "Olá, eu sou Flávia Almeida".

O homem a observou por alguns segundos e, levantando ligeiramente o braço, afastou seus óculos escuros com o dedo, revelando olhos encantadores que brilhavam como estrelas.

Ele olhou para Flávia Almeida com uma expressão indiferente e disse casualmente: "Eu sou Narciso Goulart.”