A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 515

Na manhã seguinte, Marcelo Lopes acordou da ressaca, com a cabeça pulsando de dor.

Ele tentou massagear as têmporas, mas mal levantou o braço, alguém o pressionou de volta.

Parando de se mover, virou-se e viu Flávia Almeida deitada ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu braço.

A expressão de Marcelo Lopes suavizou, e ele acariciou gentilmente a bochecha dela com o polegar.

Flávia sentiu cócegas, tentando arranhar onde sentia.

Marcelo habilmente esquivou-se, esperando ela adormecer novamente para continuar acariciando.

Irritada por não conseguir pegá-lo, Flávia abruptamente abriu os olhos.

E então, eles se encontraram olho no olho.

O clima de repente tornou-se embaraçoso e carregado de tensão.

Flávia lambeu os lábios, tentando explicar, "Você estava bêbado ontem à noite e não me soltava, por isso eu fiquei."

Marcelo apenas murmurou em resposta, como se aceitasse sua explicação, mas seu olhar dizia o contrário.

Com um sorriso enigmático, ele parecia dizer, "Continue inventando."

Flávia apertou os lábios, "É verdade, se não acredita, pergunte ao Pedro."

"Ah."

Marcelo continuou acariciando seu cabelo, seu olhar se tornando mais intenso.

Flávia não suportava ser olhada dessa maneira por Marcelo, cobriu os olhos dele com a mão, dizendo entre dentes, "Acredite se quiser!"

Marcelo riu baixinho, puxando sua mão para beijá-la, "Você tinha medo de que eu vomitasse enquanto dormia e sufocasse até a morte?"

Ele então percebeu o esforço que Flávia fez, algo que ela já havia feito várias vezes.

Sempre que ele bebia demais em compromissos sociais, apesar de suas reclamações, ninguém o cuidava tão bem quanto ela.

Flávia hesitou, falando seriamente, "Sim, agora eu não tenho um título oficial, se algo acontecesse a você, eu nem teria direito à sua herança. Seria um relacionamento em vão, não é?"

Marcelo não se ofendeu, pelo contrário, riu tanto que depois disse, "Então vamos pegar nossa certidão de casamento. Se eu morrer jovem, pelo menos aquele papel poderá lhe garantir alguma segurança..."

Ela rapidamente cobriu a boca de Marcelo, o repreendendo, "Que tipo de loucura é essa logo cedo?"

Era apenas uma piada para ela; ela nunca esperou que Marcelo respondesse dessa forma.

Lembrando-se das vezes que acompanhava sua avó em templos para fazer oferendas e orações, ela sempre achou aquilo supersticioso. Mas quando se tratava de algo ou alguém importante para ela, preferia acreditar do que duvidar, temendo que palavras negativas pudessem se tornar realidade.

Marcelo beijou a palma da mão dela antes de soltá-la, sussurrando, "Queria casar de novo."

Flávia não queria continuar a conversa.

Marcelo insistiu, "No nosso primeiro casamento, a cerimônia nem foi concluída."

Flávia olhou para ele, "Eu concluí, quem não concluiu foi você."

Marcelo...

"Então precisamos completá-la."

Flávia se sentou, "No passado, havia o costume de se casar com um galo, você poderia encontrar uma galinha, e aí estaria resolvido."

Marcelo...

Ele também se sentou, mas então percebeu.

Por que suas calças estavam pela metade nas pernas?

Levantou o olhar para Flávia, seus olhos passando de confusos a intensos.