A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 538

João Almeida ainda tentou segurá-la, mas Januario Ferreira afastou sua mão e disse com uma expressão séria: "Cunhado, minha irmã sofreu tanto e nem por isso lhe disse uma palavra dura. Até quando você vai pressioná-la?"

João Almeida abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada.

Januario Ferreira falou calmamente: "Vou contratar o melhor advogado para defender minha irmã. Diogo e Beatriz, preparem-se também e peçam para os seus advogados se prepararem."

Nesse momento, João Almeida ficou visivelmente perturbado.

Com a situação mudando, Januario Ferreira, agora parte da família Ramos, via tudo como uma vantagem. E mais, ele não acreditava que Márcia Ferreira, uma vez separada, manteria segredo sobre um assunto do passado tão grave.

Era uma questão de vida ou morte.

Pensando nisso, ele não teve outra escolha a não ser se apressar em frente a Márcia Ferreira e dizer, com a voz rouca: "Eu errei, Márcia, não fique brava comigo. Eu realmente perdi a cabeça por um momento."

"Você me acompanha desde os seus dezessete anos, passou tantos anos sem reconhecimento oficial, e eu nem sequer lhe ofereci um casamento decente antes de fazê-la passar por isso. Eu sou um desgraçado."

Márcia Ferreira, com os olhos marejados, disse engasgada: "Não fale mais sobre isso. Eu sei que estou envelhecendo e não posso competir com uma jovem de vinte e poucos anos. Talvez essa seja a retribuição por eu ter destruído outra família. Eu aceito. Fomos marido e mulher; vamos nos separar com dignidade."

João Almeida falou com tristeza: "O que você está dizendo? Eu não vou me divorciar. Beatriz, Diogo, você e o bebê que está por vir, ninguém pode faltar. Cuide de si mesma e do bebê, não pense em não querê-lo. Se essa criança veio para a nossa família, é por destino. Não importa se for menino ou menina, eu vou amar. Quanto à pequena Magalhães, vou dar-lhe algum dinheiro para que ela aborte e nunca mais vou vê-la."

Márcia Ferreira disse com voz fraca: "Você não está me enganando, está?"

João Almeida respondeu: "Vou falar com ela agora e arranjar tudo."

Márcia Ferreira sorriu friamente, mas manteve uma expressão frágil: "Fale bem com ela, não faça um escândalo, isso afetaria sua imagem na empresa. Uma recém-formada como ela provavelmente só quer subir na vida rapidamente. Dê-lhe algum dinheiro, o suficiente para satisfazê-la."

João Almeida concordou, segurou a mão dela e disse carinhosamente: "Descanse, eu vou lá agora."

Márcia Ferreira consentiu: "Tente resolver isso pacificamente."

Assim que João Almeida saiu, a fragilidade no rosto de Márcia Ferreira desapareceu. Ela disse firmemente: "Henrique, siga-o e veja se ele realmente vai resolver isso ou se está apenas me iludindo."

Januario Ferreira concordou e saiu.

João Almeida, ao sair do quarto, viu Bruna Castro no corredor falando ao telefone.

Ela o viu, hesitou e então virou-se para ir embora.

João Almeida apressou-se e a segurou: "O médico não disse que ia fazer mais exames daqui a pouco? Para onde você está indo?"

Bruna Castro se afastou dele, assustada, seus lábios tremiam e demorou para dizer: "Sua esposa pediu para eu abortar?"

João Almeida ficou chocado e demorou a responder.

Observando seu silêncio, a expressão de Bruna Castro se tornou triste, e após alguns segundos, ela disse com voz rouca: "Posso esperar mais dois dias para fazer isso?"

João Almeida amoleceu por um momento, mas ao pensar em Márcia Ferreira, endureceu novamente: "É melhor fazer logo enquanto é cedo, assim você sofre menos."

Bruna Castro empalideceu, seus cílios tremiam e as lágrimas rodavam em seus olhos, mas ela se conteve para não chorar.