A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 575

Ele olhou para a televisão, depois para Flávia Almeida e, por um momento, ficou confuso, demorando um pouco para dizer: "É... realmente parece."

"Não é?" Flávia Almeida sorriu. "Um amigo meu pegou uma foto nossa juntas e disse que era com ela, ninguém conseguiu perceber a diferença."

Marcelo Lopes...

Ele só conseguia pensar: ela não estava bêbada? Como começou a enganar as pessoas assim, sem corar ou piscar, mantendo a lógica tão clara?

O dono da loja claramente foi enganado: "Você tem razão, os olhos são idênticos, só a boca que parece um pouco diferente."

Flávia Almeida imediatamente fez a expressão que as rainhas das novelas costumam fazer e perguntou ao dono da loja: "Assim parece mais?"

Os olhos do dono brilharam e ele rapidamente disse: "Muito parecido."

Flávia Almeida se aproximou e sussurrou ao dono da loja: "Que tal a gente fazer um acordo? Se você me der um desconto de quinze reais por grama, eu tiro uma foto com você. Quando essa atriz ficar famosa, você coloca a nossa foto na entrada da sua loja, e ela se tornará um ponto obrigatório para os fãs, garantindo que você terá muito trabalho. Isso é muito melhor do que pagar por propaganda, e mais barato também."

O dono da loja hesitou: "Não me engane, se eu usar o nome dela e ela descobrir e me processar por violação de direitos autorais, eu não ganharei o suficiente para pagar."

"Você estará tirando uma foto comigo, não com ela. Se você não colocar o nome dela, como ela vai processar você? Eu pareço com ela, isso é ilegal? No máximo, poderíamos ser acusados de pegar carona na fama dela, mas isso não tem nada a ver com direitos autorais."

Ela falou com tanta confiança que o dono da loja acabou sendo convencido, ainda incerto: "Isso realmente pode funcionar?"

Flávia Almeida suspirou: "Se você está com medo, esqueça. Vou ver em outro lugar."

Assim que ela fingiu ir embora, o dono da loja hesitou por um segundo e finalmente cedeu: "Tudo bem, tudo bem, quinze é quinze. Mas você tem que tirar mais de duas fotos comigo."

Flávia Almeida sorriu de orelha a orelha: "Posso tirar sete ou oito fotos sem problemas."

Assim, por um preço final de oito mil e quinhentos, eles pegaram os anéis.

O dono tirou várias fotos com ela, não apenas deles juntos, mas também com a fachada da loja e ela usando as joias da loja.

Quando eles saíram, o dono da loja olhou para as fotos no celular e para a rainha na televisão, às vezes achando parecido, às vezes não, e decidiu postar as fotos no Facebook para ver o que os outros achavam.

Em menos de dez minutos após postar, as mensagens no Facebook explodiram.

Os amigos perguntavam se Flávia Almeida tinha ido lá consumir.

O dono da loja se tranquilizou, era parecido, ninguém percebeu a diferença.

Quando Flávia Almeida e Marcelo Lopes saíram da loja, um vento frio soprou e ela não pôde evitar espirrar.

Marcelo Lopes, segurando um casaco, o colocou sobre os ombros dela.

Flávia Almeida esfregou o nariz, pegou a mão dele com o anel e a colocou junto com a dela, perguntando com um sorriso: "É bonito?"

Marcelo Lopes respondeu honestamente: "É bonito." Realmente era bonito, dos muitos anéis que o dono mostrou, ele também tinha gostado desse par, mas...

"Por que comprar anéis de ouro? Você não gosta de anéis de diamante?"

Para ele, o ouro é facilmente deformado e desgastado, não sendo o melhor material para anéis.

Deveria ter ganhado oito mil, mas no último dia do evento, tive um conflito com alguém, que acabou se ferindo e causou um alvoroço no centro de exposições. A polícia foi chamada, e meu responsável legal, João Almeida, foi contatado. No final, pagamos cinco mil para resolver a questão privadamente.

Quando tentei reivindicar meu salário com o responsável pelo centro de exposições, João Almeida me impediu, dizendo que eu estava me expondo ao ridículo.

Para ele, eu deveria me envergonhar por ser assediada por um homem, pois, ao aceitar ser recepcionista em uma exposição de carros, eu já estava demonstrando falta de autorespeito.

Ele me fez duvidar se ser bonita era um pecado. Eu até tinha medo de usar vestidos bonitos. Mas, afinal, quem são os verdadeiros sujos? Não são aqueles homens?"

Ela contou sua história com uma calma surpreendente, como se falasse sobre alguém mais, mas isso apertou o coração de Marcelo Lopes.

"Depois, a veterana que me convenceu a trabalhar como recepcionista me procurou. Um dos responsáveis pelo centro de exposições interveio e, após conversar com a direção, conseguiu me pagar seis mil de salário. Mas quando fui comprar o colar, ele já havia sido vendido, e o Dia das Mães já havia passado."

A voz de Marcelo Lopes ficou embargada.

Ele sabia dessa história, mas só hoje descobriu que a pessoa assediada naquela exposição de carros era Flávia Almeida.

Ele estava no evento naquele ano.

No entanto, naquela época, ele era um convidado especial dos organizadores, celebrando com os responsáveis pelo evento.

Quando o incidente aconteceu, ele não viu nada. Ao saber da confusão, a situação já havia escalado.

O centro de exposições, preocupado com o impacto negativo na sua imagem de marca, rapidamente isolou os envolvidos para resolver a situação em uma sala separada.

Marcelo Lopes teve uma negociação bem-sucedida e, ao sair, viu uma garota vestida com um uniforme de recepcionista, chorando no corredor da escada.