A Rebeldia da Esposa Desprezada romance Capítulo 644

Bruna Castro, sem a presença de João Almeida, abandonou sua habitual submissão e olhou friamente para frente.

"Ah é? Então por que você mandou alguém me chamar? Do que você está com medo?"

O rosto de Márcia Ferreira escureceu instantaneamente, "Por que, sendo tão jovem, você não faz algo decente em vez de se envolver em coisas vergonhosas?"

Bruna Castro, no entanto, esboçou um sorriso, "Senhora Almeida, suas palavras... Não foi assim que você conseguiu se casar com o Presidente Almeida? Por mais que eu me esforce, jamais alcançaria a classe do Presidente Almeida por conta própria. Agora que tenho essa oportunidade diante de mim, você diz para eu seguir ou não?"

Márcia Ferreira ficou verde de raiva, "Você acha mesmo que João Almeida vai se casar com você? Pare de sonhar! Ele só quer o filho que você está esperando. Assim que o bebê nascer, veja se ele vai olhar para você novamente!"

Bruna Castro baixou os olhos e sorriu, deixando Márcia Ferreira tanto com medo quanto com repulsa.

Porque era muito parecido com Fernanda Nunes, sempre lembrando-a de seu passado obscuro e ações indizíveis.

"O bebê é a minha maior vantagem," disse Bruna Castro, lançando-lhe um olhar, "mesmo que ele não possa me casar, tendo este filho, no futuro eu sempre poderei ter uma parte da família Almeida. O Presidente Almeida pode não se importar comigo, mas sempre se importará com o filho, especialmente por ser um menino. Foi porque você teve um menino que conseguiu se tornar a Senhora Almeida, não foi? Eu devo agradecer à Senhora Almeida por ser um exemplo para mim," ela fez uma pausa e suavemente acariciou sua barriga, "e também agradecer a este ventre determinado."

Márcia Ferreira estava tão irritada que tremia, mas reprimiu sua raiva e disse friamente, "Você só quer dinheiro, não é? Vamos conversar."

Bruna Castro parou, "O que você quer dizer?"

Márcia Ferreira respondeu friamente, "Nos encontramos no gazebo daqui a pouco."

Dito isso, não esperou pela resposta de Bruna Castro e saiu direto.

Bruna Castro franzindo a testa, logo seguiu.

Marcos Rocha logo completou sua tarefa e veio relatar, "Sua madrasta chamou sua 'pequena' madrasta para conversar no gazebo."

Flávia Almeida...

Marcelo Lopes perguntou, "O que foi dito?"

"Estava longe e não consegui ouvir claramente, parece que ela queria dar dinheiro à sua 'pequena' madrasta para que ela desistisse."

Flávia Almeida, lembrando do que a Senhora Coutinho havia dito sobre Márcia Ferreira inspecionando o gazebo, de repente percebeu o que ela estava planejando.

Como esperado, em poucos minutos, gritos vieram do gazebo, e alguém gritou, "Não é bom, a noiva caiu!"

O rosto de João Almeida pálido, ele correu através da multidão.

Flávia Almeida e os outros o seguiram rapidamente.

Fora do alto parapeito do gazebo, Márcia Ferreira e Bruna Castro estavam ambas deitadas no chão, Márcia Ferreira segurava sua barriga, pálida, enquanto a testa de Bruna Castro havia batido nos degraus, coberta de sangue.

O rosto de João Almeida estava pálido, seu filho, seu filho!

Ele estava prestes a verificar Bruna Castro, quando ouviu Márcia Ferreira gritar, "Marido, minha barriga... dói tanto..."

Ele parou, virou-se para Márcia Ferreira, ajoelhou-se para ajudá-la, enquanto gritava por uma ambulância, dizendo ansiosamente, "Como você está? Como caiu lá de cima?"

Flávia Almeida observava Bruna Castro com o rosto coberto de sangue, pronta para reagir furiosamente, mas foi firmemente contida por Marcelo Lopes. Nesse momento, uma silhueta elegante emergiu da multidão, aproximando-se para examinar a condição de Bruna Castro.

Ao focar melhor, Flávia percebeu que era Simone Machado.

Ela lançou um olhar desconfiado para Marcelo Lopes, que, por sua vez, não expressava surpresa alguma, como se já esperasse por aquilo.

Simone Machado verificou rapidamente o estado de Bruna Castro.

Gustavo Cavalcanti, que apareceu entre as pessoas sem que ninguém notasse quando, perguntou, “Amor, como ela está? A situação é grave?”

“Parece que não é nada sério.” Com isso, Gustavo Cavalcanti lhe passou um kit de primeiros socorros, e Simone começou a limpar cuidadosamente os ferimentos de Bruna Castro.

João Almeida, embora estivesse abraçando Márcia Ferreira, não conseguia tirar os olhos de Bruna Castro, preocupado. Ao ouvir que ela estava bem, ainda assim solicitou, “Dê uma olhada mais atenta, veja se ela sofreu algum trauma interno.”

“Beatriz!” Márcia Ferreira tentou silenciá-la com um olhar pálido de dor, “Pare de falar, por favor.”

Seu semblante de tolerância dava a impressão de estar profundamente magoada, o que imediatamente amoleceu o coração de João Almeida, que perguntou baixinho, “Foi ela que te empurrou?”

Márcia Ferreira fechou os olhos, dizendo suavemente, “A Srta. Castro é jovem, e os jovens são impulsivos. Talvez não tenha sido intencional.”

Essa afirmação teve um impacto ainda maior do que uma acusação direta, fazendo João Almeida franzir o cenho em desaprovação.

Ele gostava da atenção que as duas mulheres lhe davam, mas se isso ameaçasse seu filho, era uma história diferente.

Seu olhar para Bruna Castro tornou-se imediatamente cheio de desdém.

Flávia Almeida permanecia com uma expressão tensa.

Márcia Ferreira, essa mulher, realmente tem segundas intenções malignas. Ela pensou que estava apenas tentando prejudicar a independente Bruna Castro e seu "filho", mas seus planos eram ainda mais cruéis. Não só queria se livrar do "filho" de Bruna Castro, mas também se livrar do próprio filho indesejado em seu ventre, e usar essa situação para reconquistar o coração de João Almeida, fazendo-o se cansar de Bruna Castro.

Uma pedra matando três pássaros, que astúcia.

Ao ouvir as acusações de Márcia Ferreira, o rosto de Bruna Castro empalideceu terrivelmente. Ela disse, fraca, “Presidente Almeida, eu não empurrei a Sra. Almeida, foi ela quem me chamou aqui, e ela quem me empurrou.”

Nesse momento, a expressão de João Almeida estava extremamente feia, “Ela é uma gestante de risco, normalmente precisa de ajuda até para subir e descer escadas. Ela se arriscaria só para te incriminar? Você realmente me decepcionou!”

O rosto de Bruna Castro ficou pálido como a morte, “Não fui eu, eu nunca pensei em competir por nada…”

Enquanto falava, as lágrimas caíam sem parar.

Que sorte para um homem, na sua idade, ter duas mulheres competindo por sua atenção.

No meio das brincadeiras do público, a voz de Sra. Coutinho de repente soou, “Há câmeras de segurança perto do pavilhão, por que não verificamos quem empurrou quem?”