A Segunda Chance com o Amor romance Capítulo 15

Danilo olhava para Isabela com uma expressão de carinho tão intensa que era quase evidente.

Isabela, surpresa, quase cuspiu a água que havia acabado de beber, cobrindo a boca rapidamente.

— Danilo, você bateu a cabeça? — Ela perguntou, sem conseguir acreditar que ele realmente havia dito que gostava dela. Para ela, sempre foram apenas bons amigos. Essa súbita declaração de afeto deixava ela sem saber como reagir dali em diante.

— Sei que você acha que eu fiquei com pena de você pelo que passou com o Sandro, mas isso não é motivo para me consolar desse jeito. Não precisa, tá? — Ela desviou o olhar, tentando minimizar o que ele havia dito, como se ele estivesse apenas sendo um bom amigo. Isabela queria evitar complicações que pudessem tornar o relacionamento deles estranho, pois tinha certeza de que seu limite com Danilo era a amizade.

Isabela tinha acabado de se divorciar e, naquele momento, a última coisa que queria era entrar em outro relacionamento. Para ela, amor e casamento não tinham mais qualquer valor, não depois de tudo que havia passado.

Sem dar chance para que Danilo continuasse, Isabela se levantou rapidamente.

— Preciso ir. Tenho algumas coisas para resolver. — Antes que ele pudesse responder, já estava se afastando em direção à saída do restaurante.

Ao chegar no escritório, viu Jorge parado em frente ao elevador. Ela desacelerou o passo, sentindo uma pequena hesitação. Ela se aproximou dele, ficando em silêncio ao seu lado, enquanto aguardavam o elevador.

— Conseguiu um novo apartamento? — Perguntou ele, sem rodeios.

— Sim, fica bem perto do escritório. — Respondeu Isabela, acenando com a cabeça.

O elevador chegou, e as portas se abriram. Jorge deu um passo à frente, entrando, e Isabela seguiu ele, se posicionando em um canto, mantendo uma distância respeitosa.

A altura dele, sua postura impecável, o corte da camisa branca que se ajustava perfeitamente, enfiada dentro da calça de alfaiataria, e o cinto preto, tudo parecia realçar o físico forte e imponente de Jorge. Sua presença era marcante e transmitia uma aura de elegância e poder.

O celular de Isabela vibrou de repente, quebrando o silêncio. Ela rapidamente tirou o aparelho do bolso e viu que era um cliente ligando.

Sandro já estava com dor de cabeça e o discurso de Maria só piorava seu humor. Irritado, ele respondeu:

— Não preciso que ninguém fique cuidando de mim aqui.

— Olha o jeito que você está, Sandro! Claro que precisa de alguém para cuidar de você! — Retrucou Maria, não acreditando que Isabela não estava ao lado dele. A raiva começou a borbulhar em seu peito e ela pegou o celular, decidida a ligar para a nora e chamar ela para o hospital.

— Não, mãe. Eu mandei ela para casa para me fazer algo para comer. Daqui a pouco ela vem. Não precisa ligar. — Sandro disse rapidamente, sem pensar muito.

Provavelmente nem ele mesmo sabia ao certo por que mentiu naquele instante. Talvez fosse apenas para afastar Maria dali o mais rápido possível, ou, quem saberia, uma tentativa inconsciente de evitar mais complicações.

— Bom, ainda bem, né? Olha, eu sei que ela é organizada e cuida bem das suas coisas, mas você sustenta ela, Sandro. Ela não faz nada além de gastar o seu dinheiro, então, no mínimo, cuidar de você é obrigação dela! E mais: cadê o filho que vocês deviam ter tido? Ela fica em casa, sem trabalhar, mas nem isso conseguiu resolver! Será que tem algum problema de saúde que ela não contou? Se for o caso, é bom resolver logo, porque eu, hein, quero ter netos! Se ela não puder, você vai precisar arranjar uma solução. Não é possível que essa família acabe assim!