A Segunda Noiva romance Capítulo 238

Naquela época, os dois eram como crianças ingênuas.

Diante dos colegas, eles nem tinham coragem de se olhar nos olhos.

Enrico observou Chloé, no fundo dos seus olhos surgiu um brilho.

Sua expressão indecifrável deixou Chloé de cara franzida.

- Eu estou dizendo a verdade, por que você não acredita em mim?

- Eu acredito em você. - Enrico respondeu, rindo.

Ele adorava o jeito dela tentando se explicar para evitar mal-entendidos!

Ele não era uma pessoa que ficava revirando contas velhas, mas ouvindo suas explicações, se sentia muito feliz.

Chloé sentiu as bochechas queimando sob seu olhar.

- Vai lá fazer suas coisas, eu posso terminar de comer sozinha.

- Não tem problema, deixe ele esperar um pouco mais. - disse Enrico.

Como Théo seria mais importante do que sua fofinha?

Chloé não aguentou a risada, dizendo:

- Como você pode ser assim? Ele é seu sobrinho de sangue, poxa! Sua irmã te mataria se soubesse disso.

Se bem que, no coração de Heloísa, o lugar desse filho talvez nem esteja acima do de Enrico... Afinal de contas, é seu filho!

- Espera eu voltar. - Enrico colocou a mão sobre a dela e a apertou de leve, dizendo. E então se levantou, saindo da sala de refeições.

Gabriel conduziu sua cadeira de rodas até o escritório e, assim que entrassem, viram Théo em pé ao lado da escrivaninha, comtemplando o retrato de Chloé sobre ela.

Mesmo que seja apenas uma foto, através do seu olhar, era claro de se ver que ainda tinha sentimentos por ela.

E essa cena fez com que Gabriel suasse frio. Chamou, avisando:

- Sr. Théo.

Que ironia do destino!

O tio e o sobrinho amavam a mesma pessoa.

Mesmo que o relacionamento de Théo e Chloé tivesse ficado no passado, não tinha como evitar que isso fosse virar um espinho entupido no coração de Enrico.

Théo se virou, olhando para Enrico.

Seu tio vestia uma camisa branca casual e larga, mas não tinha um ar nada passivo exalando dele.

Na verdade, ele só deixava essa seriedade toda de lado quando estava ao lado de Chloé.

Enrico olhou na sua direção e estendeu a mão, virando o retrato de Chloé para baixo. Sua voz sem emoção ecoou pelo quarto:

- Veio especialmente para me procurar, por quê?

Os olhos de Théo não deixaram escapar esse gesto cheio de possessividade de Enrico, e isso o fez hesitar por alguns segundos antes de dizer com seriedade:

- Eu só queria te perguntar, quando eu meti em brigas na escola, foi o senhor que deu um jeito de resolver?

As regras da Universidade J eram muito rigorosas, mas a briga com Tadeu de ele e Chloé não resultou em nenhuma punição.

- Fui eu.

- Mas o senhor não odiava brigas? Da primeira vez que eu briguei na escola, quando cheguei em casa, o senhor me mandou correr por duas horas sem parar como castigo. - questionou Théo, sem compreender.

Gabriel trouxe café e estendeu para Enrico. Enrico levantou sua xícara e bebericou antes de responde-lo:

- A baderna foi feita pela minha esposa. Resolver as consequências são de minha responsabilidade!

Quando Enrico disse a palavra "esposa", seu tom exalava orgulho.

Dava para entender que, sua proteção, era apenas pela sua Chloé, e isso não tinha nada a ver com esse seu sobrinho Théo.

Théo queria cuspir sangue com essa resposta.

- Eu que sou seu sobrinho legítimo.

- É? - Enrico lançou um olhar indiferente sobre ele, como se não se lembrasse de ter um sobrinho deste tamanho.

Sua expressão de "daí que você é meu sobrinho" fez com que Théo se sentisse um completo nada. Ele protestou:

- Você me adorava quando eu era pequeno, dizia que eu era fofo. Quando eu estava no fundamental e você no médio, você me ajudava com as lições todos os dias, e me tratava super bem.

Desde sempre, Théo era o tesouro da família.

Ele era o mais novo, e todos o mimavam, incluindo Enrico.

Mas ele não esperava que, com o surgimento de Chloé, ele fosse acabar como um órfão adotado nesta casa.

Gabriel sentiu o cenho tremer com as palavras de Théo.

Na verdade, se não contar o relacionamento dele com Chloé, ele era um bom menina .

Enrico olhava para ele sem emoções, como se olhasse para um idiota.

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