Depois de comer, eles continuaram jogando, já a Chloé voltou para o seu quarto e ligou seu notebook.
Assim que ficou online, ela recebeu a mensagem de “Talento”:
- Mano, como você é foda!
- O que foi? - perguntou Chloé.
- Todos que estavam falando mal de você na Internet publicaram cartas de desculpas pedindo perdão a você, explicando que eles não sabiam da verdade antes.
Vendo as palavras de Talento, Chloé abriu seu Twitter e viu que, de fato, os grandes usuários do Twitter postaram juntos um novo Tweet com pedidos de desculpas coletivos.
E aqueles comentários ruins que rondavam por aí em seu timeline tinham todos sumidos, agora só tinha comentários de usuários dizendo que a compreendiam e lhe mostravam afeto:
“Então antes era tudo boato!”
“Pois é! Esse povo consegue fazer o branco virar o preto, que coisa terrível”
Chloé não imaginava que Gustavo era tão rápido nas coisas.
Acabara de prometer as coisas de manhã, e à tarde já surtiram grandes efeitos.
Será que esse Gustavo era algum grande poderoso chefão?
Talento continuava mandando mensagens para Chloé:
- Você procurou alguma pessoa de grande poder pra resolver isso, não foi?
- Eu assinei um contrato com uma empresa.
- Que empresa é essa, tão foda assim? Acabou de vez com os boatos tão facilmente.
Chloé também não tinha respostas para essa pergunta. Da próxima vez que encontrasse Gustavo, perguntaria sobre isso, com certeza.
Chloé atualizou seu novo Tweet e se levantou, se sentindo muito mais leve depois de resolver essa bagunça toda. Logo, foi procurar por Enrico.
Enrico estava sentado no sofá mexendo em seu celular. Ouvindo as novidades de Chloé, apenas deu um leve “Hum” em resposta.
- o que está fazendo tão concentrado, senhor? - vendo ele ainda focado no celular, e como isso era algo que ele não costumava fazer, Chloé andou para atrás dele, curiosa.
E acabou esbugalhando os olhos diante da cena. O senhor estava... Jogando!
O jogo era justamente o que ela e os outros estavam jogando hoje mais cedo, LoL.
Isso fez a Chloé ter uma certeza: ele se importou muito, sim, com o fato de Théo ter salvado ela hoje. Ela olhou um pouco mais, divertida.
Na manhã seguinte, quando Théo se aprontou e se preparava para sair de casa, ele viu a Chloé, que também estava pronta para ir para as aulas. Ela vestia uma blusa de lã branca e uma calça jeans. Era simples, mas havia brilho no fundo dos seus olhos.
Era completamente diferente do que ele havia visto dois dias atrás, quando ela parecia uma flor murcha.
Chloé andou em frente, mas seu caminho foi barrado por Théo. Ela perguntou, sem entender:
- O que você quer?
- Você está bem agora? - Théo perguntou olhando para o seu rosto natural e bonito.
- Por que eu não estaria? - Chloé achou bem estranho essa pergunta.
- Você não parecia muito feliz esses dias. - disse Théo olhando nos seus olhos. Aqueles olhos eram límpidos, e isso a fazia mais linda ainda.
Chloé oscilou por um instante, não imaginava que ele ainda fosse reparar nisso.
Será que esses dias ela estava tão óbvia assim?
- Você está pensando demais. - Chloé lhe lançou um olhar indiferente, saindo pela porta.
Ela tinha o costume de ir de metrô pala as aulas todos os dias.
Essa hora era de pico, o vagão estava cheio de gente. Assim que ela entrou, viu pelo canto dos olhos que Théo seguia entrando atrás dela.
Normalmente Théo ia para as aulas de carro ou chamava um Uber, nunca tinha o visto andando de metrô.
Chloé levantou a cabeça e olhou para essa pessoa na sua frente com desdém, pois ele era uma cabeça mais alta que ela, e disse:
- Você está querendo morrer?
Se deixar Enrico souber que Théo estava a seguindo, ele estaria morto e nem saberia como morreu.
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