A Segunda Noiva romance Capítulo 316

Ela não entendia por que Antonella estava com raiva, e ela não podia perguntar, então apenas assistia ao lado deles.

Depois de ver Antonella se sentar, Enrico levantou a cabeça, olhou para ela e disse:

- O que foi?

Antonella estava muito zangada com a aparência calma de Enrico. Quase em tom de questionamento disse:

- Na última vez que Manuel veio para Cidade J, você disse algo a ele?

“Sempre sinto que, se Manuel me ignora, Enrico deve ter algo a ver.”

Enrico sabia que Antonella viajou a Pequim.

Antonella participava do aniversário da madrinha todos os anos, faltou só uma vez no ano passado para evitá-lo.

Ele bebeu um copo d'água e disse:

- Seu problema com ele tem a ver comigo?

A última vez que Manuel veio, Enrico o acompanhou para se divertir em Cidade J por alguns dias, mas não mencionou nada sobre Antonella. Não valia a pena eles perderem tempo falando sobre ela.

Antonella disse:

- Se não fosse por você, por que Manuel me evitaria?

“Manuel gostava muito de mim antes. Agora eu não sou mais noiva de Enrico, mas ele ainda me evita todos os dias.”

Enrico sorriu:

- Você veio me perguntar, mas como eu vou saber?

“É realmente ridículo.”

Sua ex-noiva não gostava mais dele por ele ter quebrado a perna. Agora ela o culpa por impedi-la de desenvolver relacionamentos com outros homens?

Antonella olhou para o sorriso zombeteiro no rosto de Enrico e disse, sem convicção:

- Enrico, você já é casado, por que não deixar eu ficar em paz? Você tem Chloé agora, você não pode me deixar?

Chloé sentou-se de lado e silenciosamente os assistia. "Antonella antes foi elegante e calma, mas ela parece um pouco ansiosa hoje."

Depois de ouvir por um tempo, Chloé pareceu entender algo: "Provavelmente Antonella não entende o motivo de Manuel a ignorar. Então ela pensa que Enrico é o culpado disso."

Depois de ouvir as palavras de Antonella, Enrico respondeu como se gostasse de vê-la mal:

- Não posso.

-Não existe coisa melhor do que irritar Antonella.

Embora Enrico não tenha nada a ver com o comportamento de Manuel, ele preferiu deixar Antonella com raiva.

Antonella acusou:

- Você é um perdedor. Você não é feliz, e não quer que os outros sejam.

De qualquer forma, ela ainda achava que era culpa de Enrico ela não estar bem.

Por não ter respeito a Enrico, Antonella disse o que queria.

Logo depois que Antonella disse isso, ela se assustou com um barulho ao lado. Chloé tinha batido com força os pauzinhos na mesa.

Chloé olhou para a expressão no rosto de Antonella e disse a Enrico:

- Estou cheia.

Ela não conseguia ouvir mais as palavras de Antonella.

- Então vamos voltar para casa - Enrico disse.

Antonella olhou para Enrico quem não estava zangado por ela ter dito isso, e sentiu que Enrico estava com medo.

Ela riu levemente:

- Por que você não pode ouvir mais? Para me prejudicar você não teve medo, agora na hora de ouvir você foge com medo?

Ela veio na intenção de brigar com Enrico hoje.

Ela achava que Enrico gostava muito dela, portanto, ela achava que se ela brigasse com ele, ele não seria ruim com ela. Com esse pensamento, ela se sentiu mais confiante.

No entanto, o que ela não sabia é que Enrico não se importava com ela, porque ele realmente sentia que não precisava se preocupar com uma neurótica.

Isso mesmo, na opinião de Enrico, ela realmente é louca.

Ele até suspeitou que havia um problema com o cérebro dela que causaria delírios de ser amada.

-Gosto dela? Não há outra mulher que eu ame, exceto Chloé.

Enrico levantou-se, olhou para Antonella e disse o que ela queria:

- Se você gosta tanto de Manu, vou ligar para ele e te ajudar a persuadi-lo. Se ele quer ficar com você, não sei. Afinal, nem todos nesse mundo podem ser como a senhorita Antonella...

Quando ele disse essas palavras, seu tom de voz era calmo.

No entanto, Antonella estava pasma desde o momento que ele se levantou.

Antes de partir naquele dia, Josefina disse a ela que a notícia de que Enrico era capaz de se levantar era falsa.

E agora, ela viu Enrico se levantar com seus próprios olhos.

-Ele realmente se levantou! Não acredito.

O tom de voz Enrico permanecia calmo. Mesmo Antonella sendo muito indelicada, ele não ficou com raiva.

No entanto, no momento em que ele se levantou, Antonella sentiu a cabeça doer, como se tivesse sido golpeada com um pau.

Ele nem mesmo precisou de palavras para fazê-la morrer de vergonha.

Enrico passou muitos anos no exército, e apenas em ficar na frente dela já a deixou com medo.

Ele, como agora, sempre foi o melhor homem do mundo. Antonella costumava ter orgulho de ser noiva de Enrico.

Antonella veio hoje, apenas para alertar Enrico para não prejudicar seu relacionamento com Manuel em segredo. Mas naquele momento, quando ela o ouviu dizer que ligaria para Manuel, e até mesmo a ajudaria a persuadi-lo, ela não se sentiu nada feliz. Ela ficou atordoada por um tempo, ainda querendo dizer algo, mas antes de falar, ela viu Enrico agarrando o ombro de Chloé e saindo.

Gabriel ficou feliz ao olhar para a cena ao lado.

A cadeira de rodas de Enrico ainda estava lá. Ele se aproximou e foi o responsável por levar a cadeira de rodas. Ele olhou para Antonella antes de sair e não pôde deixar de rir. Depois de tanto tempo, Gabriel nunca se sentiu assim. Vendo Antonella assim, ele se sentiu muito feliz. "Foi uma sensação calorosa."

Antonella sentiu dor de cabeça.

Apenas Chloé e Enrico estavam no elevador. Chloé estava no seu lado, olhando secretamente para Enrico. Enrico estava vestindo um terno preto, ele era ainda mais lindo do que quando estava em uma cadeira de rodas. Enrico estava quieto e a expressão em seu rosto era de calma, como sendo inocente das acusações de Antonella.

Um homem como ele não briga com ninguém utilizando palavras. Porque ele sabe que não há nada mais convincente do que os fatos.

No andar de baixo, o motorista abriu a porta para os dois e viu Enrico ficando em pé ao lado de Chloé. Ele quase duvidou da sua sanidade mental. Enrico geralmente usa cadeira de rodas e precisa de ajuda para entrar e sair do carro.

-Como ele consegue ficar de pé? Incrível!

Antonella sentou-se sozinha agora, ela ainda não foi embora. Pensando na maneira como Enrico acabara de falar, seus olhos calmos e seu tom de voz firme... ela só sentia vergonha.

Como ela sabia que ele poderia se levantar? Se sabia, ela não ... Especialmente quando ela se lembrou das palavras que disse na frente de Enrico, ela ficou ainda mais arrependida.