A Viagem de Divórcio romance Capítulo 110

Sofia não tinha nenhum lugar em particular para onde quisesse ir. Ela queria apenas procurar lojas de sobremesas na região e experimentar algumas delas. Na rua em que se encontrava, porém, não havia muitas lojas de sobremesas.

Ela caminhou por um tempo até ver uma loja de chá com leite que vendia, principalmente, bebidas. Havia apenas algumas opções de sobremesa, então comprou um copo de chá com leite, tomou um gole e deixou o sabor afundar em sua boca.

Estava razoável apenas.

Ela continuava sentindo que a loja em que queria investir, daquele dia, era uma boa ideia.

Depois de vacilar por um tempo, decidiu entrar em uma loja de departamentos. Havia várias lojinhas de sobremesas dentro deste local, mas todas tinham um sabor razoável. Sentada em uma cadeira, ela esticou-se um pouco, sentindo-se ótima. Então, tirou uma selfie com seu telefone e postou no Facebook. Depois disso, saiu, pegou um táxi e voltou para sua casa.

Ela comprou lençóis novos e jogou fora os que João havia deixado para ela. Esta casa ia ser dela. Exceto por vários móveis maiores que ela mantinha, mudou tudo ao seu gosto. Após trocar os lençóis, deitou-se e ficou rolando na cama.

Isso aqui é tão confortável.

Ela ficou assim, ociosa, até o meio-dia, depois desceu para fazer comida. Como comprou muitas coisas no dia anterior, decidiu cozinhar algo sozinha.

Cozinhar não era difícil para ela. Ela estava acostumada a fazer isso todos os dias quando morava com o avô. Era muito mais problemático do que agora.

Primeiro, ela cozinhou arroz. Em seguida, fritou um pouco de brócolis refogado com alho, cozinhou um pouco de carne de porco e até fez uma sopa. Era muita comida para uma pessoa apenas, mas não se importava. Parecia que estava realmente vivendo agora.

Mais uma vez, tirou uma foto da refeição que preparou e postou no Facebook. Nem um minuto sequer depois de se sentar, seu telefone começou a tocar. Era Isaque.

Surpresa, atendeu rapidamente:

"O que há de errado?”

Isaque estalou a língua.

"Onde você está? Vejo que até cozinhou.”

Ela olhou o relógio, Isaque estava fora do trabalho naquela hora.

Depois de comer uma garfada de arroz, ela disse:

"Estou em casa, na minha própria casa. Por quê? Está me perseguindo?”

Ele riu.

"Não, como eu poderia ousar a fazer isso? Vi o seu post no Facebook. Sua comida parece estar boa.”

"Humpf. Mas não vou te dar nada mesmo assim.”

Ela, então, desligou.

Ele agarrou o telefone e murmurou:

"Esta mulher é, com certeza, inconstante.”

João esperava silenciosamente o elevador chegar e então, entrou no mesmo. Isaque rapidamente o seguiu. Com todos os outros saindo, sobraram apenas os dois. João tinha uma expressão neutra no rosto, como sempre. Mas Isaque não conseguiu se conter ao dizer:

"Sofia está comendo sozinha agora. Ela sabe cozinhar. Como não estamos muito longe de sua casa, ela poderia ter-nos convidado. Essa criança, terei que ensinar uma boa lição quando a vir um dia desses.”

Um momento depois, João olhou para ele.

"Quando foi que vocês dois ficaram tão próximos?”

Isaque fez uma pausa.

Somos próximos?

Eles não eram tão próximos—apenas o suficiente para poder falar livremente um com o outro sem precisar conter-se demais.

Isaque franziu a testa.

"Quando conheci Sofia, ela era um espírito muito livre, então nos demos bem.”

Ele conheceu-a na Residência Constâncio. Na época, Sofia era uma jovem pura e direita que era importunada pela Sra. Constâncio a ponto de não conseguir mais levantar a cabeça. Ele não foi capaz de ignorá-la. Quando a Sra. Constâncio saiu, foi consolá-la. Foi quando ela sorriu.

"Tudo o que ela diz soa como peidos para mim.”

Isaque lembra-se claramente daquelas palavras. Talvez por causa disso, sua amizade com Sofia tornou-se estável. Mas é claro que Isaque não podia contar a João todas essas coisas.

A Sra. Constâncio era a sua mãe.

João deu um sorriso debochado.

"Você conseguiu fazer amizade com a velha Sofia?”

Ele parecia ter ficado de mau humor.

Isaque acrescentou:

"Você era casado com a velha Sofia.”

João congelou.

É isso mesmo. Fomos casados uma vez. Fizemos tudo como um casal.

As palavras afetuosas que diziam um ao outro durante aquelas madrugadas estavam apenas entre eles. Em um instante, seus olhos começaram a perder o foco.

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