Quando João começou a dirigir até onde Sofia estava, alguém tentou iniciar uma conversa com ela. O rapaz parecia um estudante universitário.
Ele era charmoso e descontraído. Disse que a tinha visto sentada lá por um longo tempo e perguntou se ela estava com algum tipo de problema. Sentindo-se um pouco envergonhada, ela se levantou.
"Não, Não. Estou esperando alguém.”
O rapaz coçou a cabeça.
"De qual escola você é? Talvez estejamos indo para o mesmo caminho.”
Ela ficou ainda mais perturbada naquele momento, pois nunca tinha frequentado uma universidade antes. Acenando com a mão, disse:
"Não sou estudante.”
O rapaz ficou atordoado, depois sorriu timidamente.
"Você parece muito jovem.”
Ela comprimiu os lábios e não tinha certeza do que dizer.
João já estava a caminho.
Quando estava mais próximo, viu Sofia e o rapaz. Este, tinha o rosto bastante vermelho, um sinal de que era tímido.
João deu um sorriso debochado.
Caras como ele eram realmente ideais para Sofia. São melhores juntos.
Ele dirigiu lentamente. Inicialmente, queria esperar um pouco, mas, infelizmente, ela se livrou do cara.
Enquanto ia embora, o rapaz parecia um pouco relutante ao olhar para ela repetidamente. Ela soltou um suspiro e viu o carro de João quando virou o corpo. Depois de esconder todas as emoções em seu rosto, abriu a porta do carro. João provocou:
"Você é popular ainda.”
Ela olhou-lhe de canto de olhos.
"O que é lixo para uns, é luxo para outros.”
João começou a dirigir novamente, em silêncio. Durante toda viagem, eles não se falaram e ele não perguntou por que ela saiu sozinha. Ela sentiu que talvez ele não se importasse.
Ele nunca se importou com ela, de qualquer maneira. Há pouco, ele obviamente havia chegado algum tempo antes e viu o rapaz aproximar-se dela, mas não sentiu nada a respeito daquilo.
Ele simplesmente não se importava.
Ela soube o tempo todo, mas percebeu que era meio difícil de suportar agora.
O carro deu a volta e saiu do centro da cidade para os arredores.
Mas nunca chegou, na verdade.
Na fronteira entre o centro da cidade e os arredores, João fez uma curva e dirigiu o carro para um pequeno beco. Parecia haver uma casa com pátio no final daquele beco. O portão desta casa estava aberto naquele momento. Antes mesmo de entrarem, ela ouvia cantos agudos parecidos com óperas. Ela não conseguia identificar o que era exatamente, pois tinha visto essas coisas apenas na televisão. A passagem para entrar no pátio era estreita, mas a área dentro era enorme.
Por isso que ser rico é bom. Você pode viver como quiser e fazer o que quiser.
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