A Viagem de Divórcio romance Capítulo 16

A expressão de Isaque congelou e na sequência, olhou para Sofia todo provocador. “Ficou com ciúmes?” Como fofoqueiro que é, Isaque rapidamente encostou nela. “Fale a verdade. Você ainda ama meu chefe? Se ama, eu—”.

“Ah, tá.” Sofia tirou sarro dele, sua expressão repleta de escárnio. “Eu tenho um mar todo de peixe para escolher. Por que eu teria que focar em apenas um dentro de um aquário?”

Isaque estalou sua língua. “Você tinha que fazer piadinha, não é? Se o chefe ouvisse, ele ficaria triste”.

“Não é da minha conta como ele se sente”, respondeu ela com indiferença.

No fim, chegaram no hotel. A equipe já estava trazendo de volta as mesas depois de terminada a festa, então ambos pararam para dar espaço ao pessoal. Isaque não conseguiu segurar durante a espera e então disse: “Cuidado com o cara que estava flertando com você hoje. Ele está apaixonado demais. Ele tem alguma coisa em mente”.

Sofia olhou de volta para Isaque. “E como você supõe que alguém não tenha nada em mente quando está paquerando?” Isaque franziu o cenho mas Sofia cortou-o antes que ele pudesse começar: “Sendo um hipócrita como seu chefe?”

Isaque ficou surpreso com o comentário. “Por que você está repreendendo ele de novo? Você o odeia?”

Sofia bufou. “Não. Por que odiaria?” É que fico transtornada quando penso nele. Eu não odeio ele, mas tem algo… ali.

Isaque soltou um suspiro. “Estou falando sério. Você é uma garota, precisa se cuidar. Tem predadores por todo lado e nem todos parecem animais selvagens”.

“Eles não são predadores se eu der meu consentimento. Todos estão apenas para se divertir”. Sofia cruzou seus braços de maneira sensual, mas Isaque apenas piscou para ela. Sofia continuou falando: “Somos todos adultos agora, seja mais aberto, hem? Não sou mais uma garotinha”.

Isaque apenas piscava, para curiosidade de Sofia. “Qual o problema? Sou deslumbrante demais para você?”

Isaque chegou a abrir a boca, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, uma voz familiar lhe disse: "Isaque, por que não atendeu minha ligação?”

Sofia congelou por um instante antes de se virar, e João estava a apenas alguns passos dela. Como de costume, ele agia de maneira reservada. Ela ficou imaginando se ele tinha ouvido o que ela disse, mas ela bravamente olhou de volta para Isaque. “Certo. Você tem negócios para resolver, então até a próxima”. Antes que Isaque pudesse dizer qualquer coisa, Sofia entrou no hotel. Quando ela passou por João, sequer olhou para ele.

João estava sozinho, sua companheira não estava por ali. Quando um passou pelo outro, ele olhou para Sofia. O hotel estava bastante iluminado, então ele conseguia ver o quanto ela estava pálida. Sua maquiagem era leve, deixando-a com um visual limpo. Em combinação com seu cabelo bagunçado—graças à brisa do mar—ela parecia frágil.

João nunca a tinha visto assim. Ele nunca passou muito tempo com ela e, na maior parte do tempo, ela era silenciosamente obediente a ponto de intrigá-lo. Ele não gostava daquela versão dela, então João desviou o olhar e foi até Isaque.

Sofia foi para o seu quarto, transtornada e enjoada. Seu estômago nunca cooperou com ela desde que era criança. No fim, culminou em uma doença crônica. Sofia foi até a janela e olhou lá para baixo.

João e Isaque estavam na entrada conversando. João, de repente, olhou para cima e seus olhares se cruzaram. Sofia foi pega de surpresa, mas já era tarde demais para evitar seu olhar, então ela o retornou. João olhava para ela de maneira séria, o que foi pela primeira vez.

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