João sabia qual era a resposta quando notou Isaque desviando o olhar. Ele zombou mas não expôs Isaque. Pouco depois, Sofia teve sua resposta também. Ela suspirou calmamente e olhou em outra direção.
Sentindo-se constrangido, Isaque levantou-se e mudou de assunto. “Bom, eu peguei nosso jantar, vamos comer enquanto está quente”. Ele colocou a comida na mesa dela e destampou-a.
Era no mínimo sem graça. Nem cor a comida tinha, assim como o rosto de Sofia. “Ei, o que é isso? Como vou comer isso?” Sofia estava irritada.
Isaque fuzilou-a com os olhos. “Seu estômago precisa de um descanso, então você só pode comer comida leve. Não reclame e engula isso. Quando melhorar, você pode comer o que quiser”. Virando-se para o outro lado, ele abriu a comida que trouxe para ele e João.
Contrariada, Sofia reclamou: “O que é isso? O que vocês vão comer?”
Isaque olhou para ela de maneira inocente. “Frutos do mar e muita carne. Por quê?” Sofia cuspia raiva em seu olhar para ele, mas Isaque ignorou-a e continuou organizando o jantar deles antes de chamar João. “Manda ver, chefe. Nossos estômagos estão saudáveis, então a gente pode comer o que quiser”.
Sofia, rangendo os dentes, fuzilava Isaque com seus olhos, enquanto João os ignorava. Ele engoliu sua comida antes de dizer a Isaque: “Vou ter um compromisso amanhã à noite. Você não precisa vir comigo, fique aqui”.
Sofia ficou surpresa. “Eu posso receber alta amanhã”, disse ela.
João olhou para ela. “É melhor você ouvir as ordens dos médicos”.
Sofia assentiu. “Eu perguntei sim ao médico, e tudo que preciso é tomar algumas injeções e vou me curar se descansar. Não preciso ficar hospitalizada por tanto tempo”.
João franziu o cenho como sempre. “Isaque, verifique isso com o médico amanhã”.
Ele não confia em mim? Sofia fechou o rosto.
Ela olhou para seu mingau e vegetais e depois olhou para eles comendo frutos de mar e carne. Caramba. Para que serve o dinheiro se você não pode comer comida boa?
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