A Viagem de Divórcio romance Capítulo 91

Deve ter parecido que Sofia estava brincando e com isso, Diego riu alto.

Sofia virou para Diego e perguntou: "Eu pareço estar mentindo?"

Diego assentiu e respondeu: "Sim."

Sofia deu de ombros. "Então, não posso fazer nada”. Após caminharem floresta a dentro, Sofia parou. E continuou: "Mas seu primo e eu vamos nos divorciar ainda. Inicialmente, era o que queríamos. Porém, chegamos à conclusão que não era fácil começar e terminar um casamento. Assim, decidimos dar uma chance um ao outro".

Sofia, então, sorriu e perguntou: "Agora que expliquei assim, acreditaria em mim?"

Diego permaneceu onde estava, pensando por um tempo. "Da maneira que explicou agora, acho que é mais crível".

Sofia deu risada "É porque essa é a verdade". Como o terreno da floresta de bambu ficava numa posição mais alta, eles podiam ver toda a Residência Constâncio enquanto parados na ponto em que estavam. Sofia continuou: “Sua família é realmente abastada. A área ocupada pela Residência Constâncio é enorme”.

Diego concordou assentindo: “Tudo que posso dizer é que temos uma vida ótima desde que nascemos”.

Ele estava certo e Sofia ficou em silêncio. A Terra era repleta de muitas injustiças. A vida de uma pessoa era pré-determinada logo no início. Algumas pessoas já nasciam em famílias ricas, como João e Diego. Mesmo se não trabalhassem duro, eles poderiam ter o que outras pessoas não teriam mesmo trabalhando duro a vida toda. Outros, em contrapartida, nasciam em famílias quebradas. Como a própria Sofia, por exemplo. Ela sofre bastante desde a infância. Agora, adulta, parecia que todo o sofrimento não lhe rendeu frutos e conquistas. Por esta razão que estes livros de auto-ajuda são uma mentira.

Diego voltou-se para Sofia. “Soa realístico isso que acabei de dizer, não é?”

“Sim, e um pouco cruel também”, suspirou Sofia. De onde estavam, era possível ver claramente a distribuição das terras dentro da Residência Constâncio. A casa principal ocupava a maior área. Na verdade, Sofia ainda não entendia bem o porquê dessas pessoas morarem numa casa tão grande. E se alguém tiver diarreia, de repente? Se não conseguirem correr para o banheiro em tempo, então… não seria constrangedor? Ao pensar nisso, o coração de Sofia bateu levemente melhor. Olhando aquilo, os problemas enfrentados pelos ricos eram inimagináveis para pessoas normais.

Sofia tinha acabado de chegar ao jardim quando viu João caminhando em sua direção. Ele parecia estar procurando por ela e não demonstrava estar bem. Então, Sofia cumprimentou-o e sorriu. Encarando-a, ele perguntou: “Onde você estava? Já está tarde e você não está em seu quarto ainda”.

Ela achou graça em suas palavras e perguntou: “Por quê? Como estaria eu perdida quando estou na Residência Constâncio? Além disso, o que mais poderia acontecer aqui?”

João não disse nada e seu rosto não parecia nada relaxado. Sofia deu uma lufada de ar e não continuou mais a conversa com João. Ao invés disso, caminhou lentamente em direção à casa principal enquanto João seguiu atrás. Não havia ninguém na sala naquele momento. Ao que parecia, todos havia ido para seus quartos descansarem. Com um na frente e o outro vindo atrás, João e Sofia subiram. Ela chegou primeiro na entrada de seu quarto e assim que abriu a porta, parou e pensou por um tempo. Sofia, então, virou-se e olhou para João. “Você saiu para me procurar somente agora?”

João continuou em silêncio caminhando em direção a seu quarto. Então, Sofia perguntou num tom traiçoeiro: “Tem algo que eu possa fazer por você? Quer testar comigo se essa cama é confortável?”

João abriu a porta de seu quarto e fez uma breve pausa ao ouvir as palavras de Sofia. Ela riu. "Não posso fazer mesmo que você queira, porque não estou afim hoje”. Com isso, Sofia abriu a porta, entrou no quarto e bateu a porta, causando um som alto da batida.