A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 114

Esta já era a segunda vez que Juju falava sem pensar.

Era fácil para as pessoas suspeitarem que a criança fosse usada como uma peça no jogo de casar-se em uma família rica.

"Eu, isso é..."

Ela tentou se explicar em pânico.

Mas Vladimir Souza se aproximou, sentou-se ao seu lado e acenou com a cabeça para Júlio Souza.

"Bem, eu vou considerar."

Essas quatro palavras, como se fosse o peso de uma montanha, caíram diretamente no coração de Nádia Lacerda.

"Você, você não precisa se sacrificar para preservar minha dignidade."

Vladimir Souza estava com uma máscara, impossível ver sua expressão.

Apenas se podia perceber que talvez por causa do calor do lugar, as orelhas dele estavam um pouco vermelhas.

"Não se preocupe."

Era assim que ele economizava palavras.

Deixando Nádia Lacerda sem entender se ele estava dizendo para ela não se preocupar com a franqueza infantil ou com o sacrifício que ele acabara de fazer.

Deixa pra lá.

Desde que ele não a culpe, está tudo bem.

Ela considerou como se tivesse ganhado uma nova chance.

Nesse momento, uma mulher desconhecida se aproximou: "Por favor, você é Nádia Lacerda, Srta. Nádia?"

Nádia Lacerda assentiu: "Quem é você?"

A mulher balançou a bolsa de roupas que carregava: "Olá, eu sou da loja GS, estas são roupas encomendadas para você."

A bolsa era opaca, impossível saber o que havia dentro.

Nádia Lacerda franziu a testa.

"Desculpe, mas eu não preciso."

A vendedora ainda mantinha um sorriso cortês: "O senhor já pagou, não podemos devolver. Por favor, dê uma olhada."

O raciocínio rápido de Júlio Souza chegou a uma conclusão.

"Acabou, tem outra pessoa querendo que a tia se case com ela!"

Ele puxou a manga de Vladimir Souza: "Tio, você também deve encomendar roupas para a tia, cem conjuntos, não! Mil conjuntos!"

Vladimir Souza olhou para a bolsa de roupas e disse calmamente: "Esta marca não é digna dela."

Olhou surpresa para o misterioso homem de máscara ao seu lado.

Não notou nada de anormal.

Incerta.

Olhou de novo.

Parecia que não havia problema.

Suspeitando estar sendo paranoica, decidiu não pensar mais nisso e chamou um dos responsáveis pelo serviço no evento, pedindo que entregassem a bolsa a Tereza Ortega.

Fez questão de enfatizar que o cartão também deveria ser entregue.

Após organizar tudo isso, ela sentiu como se o ar ao seu redor voltasse à temperatura normal.

Ela olhou novamente para o homem de máscara.

Bem, parece que não havia problema.

Um pouco entediada.

Seu olhar seguiu o funcionário até ver Tereza Ortega recebendo a bolsa.

Logo em seguida, Tereza Ortega olhou timidamente para Miguel Serra e correu em direção ao vestiário.