A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 173

As mãos dele eram muito brancas, com os ossos bem definidos.

Havia um leve cheiro de desinfetante.

Nádia Lacerda, por instinto, recuou um pouco.

No entanto, logo sentiu que talvez estivesse sendo demasiado sensível e rapidamente estendeu a mão para pegar o lenço de papel, enxugando as lágrimas no rosto.

"Não acho que seja motivo de riso, pelo contrário, me sinto honrado por testemunhar seu momento mais feliz."

Sua voz era tão gentil que parecia capaz de dissipar qualquer inquietude no coração de alguém.

Nádia Lacerda conseguiu controlar suas emoções e sorriu baixinho.

"Sim, eu finalmente recuperei minha liberdade."

Pablo Ribeiro parecia entender muito bem ela, perguntando, "Então, é hora de focar na carreira? Ouvi dizer que você definiu sua área de pesquisa e também conseguiu o direito de usar o instituto de pesquisa do hospital?"

Nádia Lacerda baixou a cabeça, um pouco envergonhada.

"Você está exagerando, eu apenas apresentei uma ideia que o diretor achou interessante."

Ela sabia que, para avançar na carreira, precisava publicar artigos.

Então, enquanto ainda tinha alguma visibilidade, era hora de buscar algumas vantagens.

Afinal, o instituto de pesquisa do hospital era um local restrito, não acessível a todos.

"Isso também é porque você é excelente, que conseguiu essa oportunidade. Mas, Nádia, isso deve ser mantido em segredo."

Nádia Lacerda assentiu, "Eu sei me comportar."

Com muitas pessoas invejosas por aí, ela sabia que, para progredir, precisava aprender a se proteger.

"Você realmente amadureceu muito, agora está cada vez mais perto do seu sonho."

Nádia Lacerda parou por um momento, "Sonho?"

"Quando você fez aquela palestra na universidade, eu estava na plateia." Pablo Ribeiro enfiou as mãos nos bolsos do jaleco branco, sempre com um sorriso leve nos lábios.

Enquanto falava, ele olhava para baixo, com um brilho suave e indescritível nos olhos.

"Você disse que queria ser a melhor médica do mundo, dedicando sua vida a resolver doenças complexas."

Nádia Lacerda sentiu um toque em seu coração.

Sob a luz fluorescente do corredor do hospital.

Seus olhos brilhantes ganhavam lentamente uma camada de luz.

Seus cabelos cacheados caiam livremente sobre suas costas, movendo-se com ela e brilhando, bela como se pudesse iluminar-se sozinha.