A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 239

Assim que terminou de falar, ele abraçou as pernas de Bruno Souza, chorando copiosamente. Enquanto chorava, explicava suas dificuldades.

"Eu só queria ajudar você, pai, porque sua saúde não está boa. Então, pensei em conseguir aquele livro 'Fórmulas da Floresta: Alquimia Fitoterápica no Brasil' para encontrar um remédio."

"Eu sei que é um tesouro nacional, mas nada é mais importante do que sua saúde, pai."

"Assim que você melhorar, eu devolveria o livro. Mas quem poderia imaginar que meu irmão seria tão implacável e me levaria à polícia?"

"Eu não tinha escolha e acabei me livrando do livro."

Ao chegar a este ponto, ele chorava ainda mais intensamente.

"Como eu poderia saber que o livro acabaria em um leilão e que meu irmão o compraria, resultando no envenenamento dele?"

"Pai, eu peguei o livro para salvar você. Eu só queria consultá-lo, nunca envenená-lo."

"Mas meu irmão acha que a culpa é minha e agora quer me matar!"

Ele era o xodó de Bruno Souza.

Agora, ajoelhado no chão e chorando tão miseravelmente, despertou o instinto paternal de Bruno Souza.

O rosto enrugado mostrava sinais de preocupação, e ele estendeu a mão para ajudar o filho a se levantar.

"Pare de chorar e me conte tudo direito."

Davi Souza levantou-se, enxugando as lágrimas.

"Pai, minha mãe disse que, por causa do envenenamento do meu irmão, mesmo que eu não tenha envenenado, é minha culpa, e quer cortar minha mão para pedir perdão ao irmão."

"Que absurdo!"

Bruno Souza bateu o chão com sua bengala.

"Susana, como mãe, como pode ser tão cruel?"

Susana Campos enxugou as lágrimas dos olhos.

"Ah, você deveria ser menos indulgente com ele, caso contrário, Vladimir certamente ficará zangado."

"Se desde o início você não tivesse mimado tanto, talvez ele pudesse ter uma chance de sobreviver hoje."

"Agora, estão prestes a chegar, e se eu não cortar a mão dele, nós dois morreremos."

Apesar da idade, Susana Campos mantinha o rosto bem cuidado, quase sem rugas.

Ao chorar, seus olhos sedutores brilhavam com lágrimas.

Aproveitando que Davi Souza tinha a atenção do velho, Susana dirigiu-se ao quintal dos fundos.

Assim que entrou, foi atingida pelo cheiro nauseante que quase a fez vomitar.

Ela olhou para as cobras venenosas na jaula.

A intenção assassina em seus olhos se intensificou.

"Vocês estão com fome, não é?"

"Hora de comer!"

...

Uma dúzia de carros pretos parou do lado de fora da antiga casa.

Pelo visto, já sabiam que eles viriam.

Embora fosse hora de receber visitas, o portão de ferro ornamentado estava fechado.

Nem o mordomo nem os empregados estavam à vista.