A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 270

"Você é um médico e conhece tanto os medicamentos tradicionais quanto os modernos, mas nunca se protegeu contra mim."

"Aquele leite, eu adocei, neutralizando o gosto do remédio."

Nádia Lacerda tremeu violentamente!

Seis anos!

Ela carregou esse fardo por seis anos!

Durante todas essas noites e dias, ela sempre se culpou.

Uma especialista em fitoterapia como ela, como não percebeu os alimentos incompatíveis?

Como não notou algo estranho?

Perdeu sua inocência e ainda prejudicou Miguel Serra, impossibilitando-o de ficar com a mulher que amava.

Ela se culpou por seis anos!

Todas aquelas dores, aqueles momentos de desespero.

Naquele momento, tudo parecia uma piada!

"Não é à toa que você, na frente da Sra. Luciana, dizia que eu era inocente, que foi um impulso seu."

"Então era isso, então era isso!"

Sua voz estava rouca.

O peito cheio de lamentos.

"Só quem me incriminou entende melhor do que eu o quanto sou inocente!"

"Miguel Serra!"

Ela rangeu os dentes, "Você realmente me enoja!"

Miguel Serra já havia imaginado como ela estaria zangada.

Mas não esperava que, nos olhos que antes o admiravam, agora só houvesse desprezo.

Seu coração vacilou.

Por que não sentiu emoção?

Emoção por ele ter abandonado seu orgulho para que ela ficasse?

Ele estava desesperado.

"Nádia, Nádia, não se exalte, me escute primeiro."

Ele soltou o pulso de Nádia Lacerda, colocando as mãos em seus ombros, seus olhos brilhando com lágrimas.

Ele nunca tinha visto Nádia Lacerda assim.

Ele pensava que Nádia Lacerda choraria de alegria, ao saber de seu amor eterno, se jogaria em seus braços para desabafar.

Mas ele não esperava.

Os olhos de Nádia Lacerda estavam cheios de ódio e arrependimento, e ela chorava descontroladamente.

Como se esse mal-entendido do passado fosse uma dor gravada em seus ossos.

Só agora, ao saber da verdade, encontrou uma forma de liberar tudo, explodindo completamente.

Mesmo que seu objetivo hoje fosse fazê-la aceitar seu pedido de casamento.

Mas agora ele não ousava dizer mais uma palavra.

Nádia Lacerda respirava profundamente, parecia ter chorado intensamente, dissipando a raiva, e sua mente ficava cada vez mais clara.

Ela pensava que o divórcio era uma separação justa, porque ambos tinham responsabilidade por um casamento fracassado.

Agora ela entendia que seu casamento, do início ao fim, era uma trama, uma conspiração.

Como poderia ter dado certo?

Era um casamento que, desde o começo, estava destinado a desmoronar!