A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 310

As bochechas de Nádia Lacerda tingiram-se de um leve rubor.

Sua voz era suave como o zumbido de um mosquito.

"Desta vez, também precisa tirar as calças."

Vladimir Souza, sendo um homem treinado, tinha uma percepção corporal acima do comum.

Portanto, ouviu claramente.

Sua mão movia-se lentamente até a posição do cinto.

"Hum, hum."

Nádia Lacerda desviou o olhar.

O movimento do homem fez com que a região da cintura e do abdômen se contraísse involuntariamente, destacando seus músculos.

Era realmente...

Ela se arrependeu de não ter estudado algum mantra de calma.

"Você não vai perguntar por quê?"

Vladimir Souza perguntou: "Por quê?"

Nádia Lacerda: "..."

Essa relação de confiança suficiente entre médico e paciente a fazia sentir-se um pouco confusa.

"Hum, hum, é para um banho de ervas."

Ela já havia colocado o pacote de ervas naturais no banheiro, e momentos atrás havia enchido com água quente.

"Primeiro, você deve permanecer na banheira por vinte minutos. Quando o vapor quente penetrar em seus poros, começaremos a acupuntura."

"Dessa forma, com a ajuda do vapor das ervas, selaremos os pontos de acupuntura e expulsaremos as toxinas."

Na fitoterapia, acredita-se que vírus e bactérias que invadem o corpo são forças externas e que devem ser expulsas.

Esse método é mais lento, mas não prejudica o corpo do paciente.

Mas o que Vladimir Souza estava preocupado não era isso. Ele apenas virou-se e perguntou.

"Tirar tudo?"

Nádia Lacerda percebeu que ele já havia entrado no banheiro, planejando continuar a tirar a roupa, seguindo o princípio de não evitar o tratamento necessário.

Ela rapidamente fechou a porta.

Nossa.

Quase teve uma hemorragia nasal.

Encostada no batente da porta, suas palavras saíam de forma confusa.

"Eu vou, vou te ver depois, quer dizer, você pode usar um roupão, hum, usar qualquer coisa."

Sua mente estava em um turbilhão.

Tudo o que via era a linha perfeita do abdômen que tinha visto antes de fechar a porta.

"Eu só vou, vou apenas aplicar acupuntura nas suas costas."

...

No banheiro.

O vapor estava denso.

Ao entrar, era quase impossível enxergar o caminho à frente.

Por conta do cheiro de ervas naturais, ela não conseguia encontrar alguém pelo cheiro ou pela sensação.

Talvez percebendo seu embaraço.

Vladimir Souza falou baixinho, "Aqui."

Nádia Lacerda finalmente se adaptou à situação ali e caminhou lentamente até o lado da banheira.

Mas o vapor ainda era muito pesado.

Ela só podia tentar tocar.

E, sem querer.

Acabou tocando os abdominais que não saíam de sua mente.

Firmes.

Sua mão recuou como se tivesse levado um choque.

"Desculpa, desculpa, há muito vapor aqui dentro, eu não consegui, não consegui ver claramente."