A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 396

Ele a tratou com respeito.

"Está bem, o que passou foi culpa minha, eu peço desculpas."

Ele falou depois de um momento de silêncio.

A voz era calma.

Mas não sincera.

Nádia Lacerda não era tola; sabia que ele estava apenas fingindo, e não se deu ao trabalho de corrigir.

Quem quisesse lidar com esse tipo de pessoa, que lidasse.

Ela estava livre!

"Agora vamos falar sobre a questão das crianças, Lucas, diga-me, o que aconteceu, quero ouvir primeiro de você."

Como tutora de Júlio Souza, era importante ouvir a vítima primeiro, para mostrar seriedade.

Lucas Serra ficou um pouco surpreso.

Ele achava que Nádia Lacerda iria acusá-lo diretamente.

Mas ela queria ouvi-lo primeiro.

Talvez ainda o preferisse.

Ele lançou um olhar de triunfo para Júlio Souza antes de começar a falar.

"Claro que é aquele garoto rejeitado que tem um jeito esquisito e sempre quer ficar com você."

"E além disso, Mariana, que é minha boa amiga, hoje ficou o tempo todo brincando com ele, se não batesse nele, em quem mais bateria?"

Nádia Lacerda franziu a testa.

"Em primeiro lugar, ele não é um garoto rejeitado, ele tem pais, mas eles não estão mais aqui. Você precisa respeitá-lo, não deve dar-lhe esses nomes que só abrem suas feridas."

"Além disso, ninguém pode me tomar de você. Se você acha que eu fui tirada de você, é porque não estou mais cuidando de tudo para você como uma babá."

"Eu estou apenas livre, não fui raptada."

"Por último, se sua boa amiga só brinca com ele, por que você não reflete sobre o motivo disso?"

Lucas Serra, ao ouvir isso, ficou irritado.

"Já entendi, você fez de propósito, me deixou falar só para me repreender depois, você quer me envergonhar, está favorecendo aquele garoto rejeitado!"

Ele ficou tão bravo que seus olhos ficaram vermelhos, com vontade de bater em Júlio Souza novamente.

"Eu te digo, já que não mora mais comigo, não me diga o que fazer!"

Nádia Lacerda colocou a mão sobre o peito.

Mesmo tendo aceitado a perda do próprio filho, ainda sentia-se magoada.

"Entendi."

Ela não queria mais falar.

Aquele pai e filho não entendiam nada, por que gastar palavras?

"Então deixemos que a professora resolva, façamos como ela decidir."

Dito isso, ela voltou e puxou Júlio Souza.

Júlio Souza estava um pouco nervoso, com os olhos vermelhos, prestes a chorar.

"Tia, eu causei problemas para você? Fiz você se sentir mal?"

Nádia Lacerda se abaixou e acariciou gentilmente o rosto dele.

"Não tem nada a ver com você, foi a tia que foi boba antes."