A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 47

Miguel Serra, não aguentando mais, deu um passo à frente e segurou os ombros do menino.

"Chega, tá bom? Sua tia Tereza, quando terminar o que está fazendo, com certeza virá te ver. Agora vai dormir."

Miguel entendeu o recado.

"Eu não quero a tia Tereza, eu quero minha mãe!"

"Buá, buá, buá, eu quero minha mãe, eu quero minha mãe!"

Ele chorava tanto que ficava sem fôlego.

Miguel sentia como se sua cabeça fosse explodir com tanto choro.

"Não pode ser!"

Sua voz subiu, cobrindo o choro.

"Se ela decidiu se divorciar de mim, então que não pense em voltar!"

Lucas parou de chorar, assustado.

Olhava para ele com um olhar cheio de medo.

Só então Miguel sentiu que o mundo ao redor se aquietava, e ele respirou fundo, tentando se acalmar.

No entanto, contra todas as expectativas, Lucas teve febre novamente à noite.

Miguel teve que acordar do sono para ajudar o médico a dar remédio para baixar a febre de Lucas.

Lucas chorava e fazia birra.

Até derrubou o copo do remédio.

Miguel estava exausto.

Finalmente conseguiram fazer Lucas tomar o remédio.

Mas, por ter bebido muita água, Lucas urinou na cama.

Miguel nunca tinha cuidado das necessidades básicas de uma criança, ele nem sabia como trocar a roupa de Lucas.

Devido à falta de cooperação de Lucas, ele nem sabia como trocar os lençóis.

Sem outra opção, teve que chamar uma cuidadora temporária.

Quando a cuidadora chegou, Lucas já tinha a pele da bunda vermelha e parecia que ia desenvolver uma dermatite de fralda por ter ficado muito tempo na cama molhada.

Miguel estava frustrado. "Por que tem que ser tão complicado?"

A cuidadora olhou surpresa para ele. "Você nunca cuidou de uma criança?"

Quem disse que cuidar de crianças era fácil?

Essas palavras fizeram Miguel pausar. Parecia que ele realmente nunca tinha feito isso.

Lucas tomou o remédio e a febre começou a baixar.

Mas ele falava durante o sonho.

"Eu quero minha mãe, quero minha mãe."

Não era que ela estivesse negligenciando suas responsabilidades, mas ela descobriu que havia muitas ervas medicinais valiosas que podiam ser usadas em tratamentos.

Explorar novas possibilidades nesse campo parecia interminável.

Ela não sentia cansaço nem desconforto, apenas a sensação de estar em sua zona de conforto.

Júlio Souza a seguia com uma cestinha, ajudando-a a coletar as ervas.

"Tia, o que você quiser, pode pegar. Se gostar de tudo, eu te dou tudo."

Nádia Lacerda estava feliz e brincou com ele.

"Agora você manda em casa?"

Júlio Souza bateu no peito orgulhosamente: "Claro, eu sou o mais incrível!"

"Entendi, você é o garoto mais incrível do mundo."

"Não, eu quero ser só o garoto mais incrível da casa da minha tia."

Ao ouvir isso, Nádia sentiu um aperto no coração.

Seu próprio filho parecia querer manter distância dela a milhas de distância.

Mas um garoto sem laços de sangue queria estar sempre ao seu lado.

Talvez, no fim das contas, laços de sangue não significassem tanto assim.

No fim das contas, talvez fossem as afinidades que realmente uniam as pessoas.