A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 665

Miguel Serra franziu o cenho.

Uma expressão gélida passou pelo seu rosto.

— Avise minha mãe que não vou me casar com Bai Nianshuang.

— Presidente Miguel, o senhor sabe que isso é só uma formalidade.

— Se realmente não gostar dela, basta não viverem juntos. Mas, se não comparecer ao casamento, será motivo de chacota.

O assistente falava com um tom quase suplicante.

Parecia que estava esgotando todos os recursos que aprendera ao longo da vida.

Tudo para tentar convencer Miguel Serra a reconsiderar.

Mas Miguel Serra permanecia impassível.

— Se não gosto dela, não devo dar nenhuma esperança. Não quero que minhas ações transmitam à Bai Nianshuang qualquer mensagem errada.

O assistente já não sabia mais como argumentar.

— Presidente Miguel, se o senhor não aparecer, receio que a senhora Luciana será massacrada pela família Bai.

Miguel Serra apertou o telefone com força.

Desde pequeno, sempre ouvira Luciana Almeida.

Jamais a desobedecera ao longo dos anos.

Isso por si só já demonstrava a importância que Luciana Almeida tinha em sua vida.

Mesmo tendo decidido que, dali em diante, ouviria Luciana somente de forma seletiva, ainda assim não conseguia simplesmente vê-la sendo ferida.

— Está bem.

Suspirou profundamente.

— Vou te mandar um endereço. Peça para alguém ficar de prontidão lá, preciso te passar umas orientações.

— E quanto à reorganização dos meus bens, agilize isso para mim.

Assim que terminou, desligou o telefone, ligou o carro e rapidamente deixou a região serrana.

……

Na manhã seguinte.

Vladimir Souza abriu os olhos lentamente.

Na verdade, desde que fora levado pela madrasta para o interior e retornara, raramente conseguia dormir bem.

Mas, na noite anterior, teve um sono incomum e tranquilo.

Olhou as horas: já eram oito da manhã.

Tinha dormido cerca de dez horas.

Ao despertar, sentia a mente surpreendentemente leve e clara.

Por isso, ao perceber que havia um vaso de flores ao lado do travesseiro, ficou confuso.

Se não estava enganado…

Na noite anterior, estivera com Nádia Lacerda.

Então, na verdade, quem foi envenenado ontem não foi Nádia Lacerda.

Foi ele mesmo!

Ao chegar a essa conclusão,

Toda a sua habitual postura fria e nobre se desfez.

Pegou o vaso, decidido a jogá-lo no chão.

Mas, ao segurá-lo,

Não teve coragem de lançá-lo.

No fim, colocou-o suavemente sobre a mesa ao lado.

Levantou-se e desceu as escadas.

Percebeu que o café da manhã já estava pronto.

Só que, por ter acordado tarde, a comida havia esfriado.

Nádia Lacerda estava lendo, mas assim que ouviu seus passos, saiu imediatamente do espaço de leitura.

— Vou esquentar a comida para você.

Vladimir Souza apoiou-se no corrimão da escada, observando-a de cima enquanto ela se ocupava na cozinha.

Nádia Lacerda se movia com calma e destreza.

Nem de longe parecia alguém com a consciência pesada.