A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 687

O semblante de Luciana Almeida estava carregado de descontentamento.

— O que uma creche dessas pode ensinar de verdade? Acho melhor você sair de lá de uma vez. Os professores que encontrei são todos os melhores do país — afirmou ela, com convicção.

— Aquela escola não tem profissionais à altura. Você precisa confiar em mim, sou a pessoa que mais se importa com você neste mundo.

Lucas Serra já ouvira muitas vezes palavras semelhantes.

Antes, quando Luciana Almeida dizia algo assim, ele simplesmente acreditava.

Por isso, quando Luciana Almeida destratava sua mãe, ele nunca a ajudava.

Achava que sua mãe não gostava tanto dele.

Afinal, a mãe o fazia tomar remédios amargos e o obrigava a ir para a creche.

Só agora ele percebia.

Na verdade, era a mãe quem realmente lhe queria bem.

O carinho da avó vinha sempre acompanhado da exigência de que tudo fosse feito conforme o desejo dela.

— Se ele quiser seguir o caminho tradicional das crianças, não vejo problema — observou Miguel Serra, que sempre se manteve neutro nas questões de educação.

Ele próprio fora criado por Luciana Almeida.

Por isso, achava que o método dela também era válido.

Mas Nádia Lacerda era uma mulher brilhante, certamente sabia o que era melhor para o filho.

Agora, já que Lucas Serra gostava mesmo da creche, o melhor seria respeitar sua vontade.

— Vocês realmente... — Luciana Almeida suspirou, resignada.

— Está bem, entendi. Com vocês, não tem jeito mesmo.

Enquanto falava, ela lançou um olhar intencional a Lucas Serra.

— Se ao menos sua mãe estivesse aqui... Ela sempre discordava de mim nessas questões de educação. Agora, com certeza, teria um bom argumento para me convencer.

Lucas Serra ficou confuso:

— Como assim?

Antes de sair, ele ainda ouvira a avó falar sobre querer fazer mal à mãe.

Mudou de ideia assim, de repente?

Não era hora de se precipitar, melhor esperar para ver.

[...]

Depois de preparar o remédio, Nádia Lacerda foi imediatamente ao hospital.

Dois policiais faziam guarda na porta do quarto de Tereza Ortega.