A Vida Solteira Mais Doce e Significante romance Capítulo 90

Mas ela pensava que nunca precisaria disso em toda a sua vida.

Suspiro...

A ligação foi atendida rapidamente.

A voz de Vladimir Souza não tinha emoção, mas mesmo através do celular, transmitia uma sensação de pressão.

Nádia Lacerda não pôde evitar sentir-se nervosa.

"O que foi?"

Vladimir Souza perguntou novamente.

Ela finalmente voltou a si e explicou o que queria.

"Sr. Vladimir, quando estava no exterior, você prometeu me conceder um favor, e eu gostaria de cobrar agora."

"Hm?"

A voz de Vladimir Souza pareceu mudar um pouco.

Mas ela não tinha cabeça para tentar adivinhar o humor dele, apenas continuou falando.

"Gostaria de pedir alguns seguranças, uns quatro ou cinco, que sejam bem competentes. Não por muito tempo, talvez uma hora."

"Pode ser."

A voz de Vladimir Souza esfriou novamente, e ele desligou o telefone.

Nádia Lacerda, já com a mente confusa, não percebeu se ele tinha ficado irritado ou não.

Apenas sentiu que Sr. Vladimir era fácil de conversar, não havia sequer perguntado a razão para ela querer seguranças, simplesmente concordou.

Ter um amigo assim era uma honra para ela.

...

Na mansão.

O clima na sala de estar ficou gelado instantaneamente.

Rabinho, que estava cuidando carinhosamente de sua esposa e filha, arrepiou-se de medo, protegendo-as.

Júlio Souza, que brincava com Marsh, também sentiu um calafrio e olhou surpreso para o sofá.

Aquele tio, que parecia uma escultura de gelo, tinha uma expressão tão sombria que parecia que poderia escorrer água.

Ele imediatamente abraçou a cabeça de Rabinho, rezando interiormente: "Ele não me vê, ele não me vê."

Por sorte, o tio não se irritou sem motivo desta vez, apenas continuou a encenar o papel de escultura de gelo.

Ele, então, ficou curioso.

Logo depois, o cachorro se moveu sorrateiramente para o lado oposto do sofá.

"Tio, você levou um fora?"

Vladimir Souza agiu como se não tivesse ouvido a pergunta de Mário Costa, pegou um livro de contos de fadas ao lado do sofá e acenou para Júlio Souza.

Júlio Souza, que estava ouvindo às escondidas: "......"

"Chegou a hora do conto de fadas entre pais e filhos, qual história você quer ouvir?"

Mário Costa ficou surpreso, mas rapidamente trouxe um banquinho infantil para Júlio Souza.

Júlio Souza só teve que se sentar e aceitar a tortura auditiva diária.

"Então, 'A Bela Adormecida'." Ele respondeu desoladamente.

"Era uma vez uma princesa que foi amaldiçoada por uma bruxa e caiu num sono profundo..."

Depois de três minutos, chegando ao final da história.

"O príncipe encontrou a princesa, inclinou-se..." Enquanto falava, ele olhou para cima: "estendeu a mão, rasgou a princesa ao meio e a devorou."

A expressão de Júlio Souza congelou.

No segundo seguinte, lágrimas começaram a cair dos olhos dele como pérolas.

Vladimir Souza olhou para ele calmamente, sem nenhum sinal de querer consolar o menino.

Júlio Souza chorou ainda mais alto.

Seu choro parecia capaz de virar o telhado ao contrário!