A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 127

Mônica virou a cabeça.

Não muito longe, estava um homem alto e elegante, com um rosto jovem, pálido e marcante.

Ele vestia uma camisa cinza impecavelmente passada, sem uma única ruga, e calças pretas que destacavam suas pernas longas.

Toda sua presença emanava uma aura de arrogância e autoridade.

Era, de fato, Samuel.

Mônica sempre acreditou que seria tomada por uma mistura de ressentimento, tristeza e raiva ao encontrá-lo novamente.

No entanto, para sua surpresa, ela não sentiu absolutamente nada.

Seu coração estava tão sereno quanto se estivesse diante de um estranho.

E não qualquer estranho, mas daqueles que ela não tinha o menor interesse em encontrar.

Ela até olhou involuntariamente para Leonardo.

Por um instante, uma comparação involuntária surgiu em sua mente.

E descobriu que preferia o tipo de Leonardo.

A primeira impressão que ele dava era de maturidade e estabilidade.

Havia nele uma tranquilidade que fazia as pessoas se sentirem seguras.

Quando Samuel chegou, ele já havia planejado cuidadosamente o que dizer. Pretendia se desculpar humildemente, usar palavras doces para convencê-la e, com sorte, levá-la de volta ao Jardim de Gaivota.

Ele até ensaiou como pedir perdão.

No entanto, ele não esperava que encontraria Mônica em momentos íntimos com outro homem, assim que chegasse à entrada do estúdio.

Sua mente entrou em ebulição.

Era como se alguém invadisse e tentasse roubar um tesouro que ele tinha guardado por três anos.

Ele não conseguiu conter a fúria dentro de si.

Perdendo toda a racionalidade, dominado pela raiva, ele disse:

"Mônica, volte comigo!"

Ele avançou na direção dela, tentando segurar sua mão.

Mas Mônica se esquivou com leveza, evitando o contato.

A mão de Samuel parou no ar, congelada.

Antes, Mônica sempre havia sido dócil e obediente. Cada palavra dele era seguida sem questionamentos.

Mas agora? Agora ela não apenas se recusava a obedecê-lo como também parecia evitar vê-lo.

Como se encontrá-lo fosse algo extremamente desagradável.

Leonardo, com os lábios levemente fechados, apenas olhou profundamente para Samuel.

Embora seus punhos estivessem cerrados, ele não disse nada.

Afinal, essa era uma questão de Mônica, e ele não interferiria sem seu consentimento.

Então, Mônica achava que ele não era bom o suficiente comparado àquele homem?

Samuel sentiu como se tivesse sido esbofeteado em público, com uma dor ardente em seu rosto.

Ele não estava disposto a aceitar isso, com a mente apenas focada em recuperar sua posição.

Com os olhos fixos em Mônica, Samuel perguntou em tom de ultimato: "Mônica, vou perguntar pela última vez. Você vai voltar comigo para o Jardim de Gaivota ou não?"

"Não!"

Mônica respondeu sem hesitar.

A raiva explodiu dentro dele.

Seu corpo tremia, e seus olhos tomaram um tom vermelho furioso.

Apontando para Mônica, ele disse: "Está bem, então. Se não quer voltar, que seja como se eu nunca tivesse vindo. Mas lembre-se: se não voltar agora, nunca mais volte!"

Samuel deixou essas palavras duras para trás e virou-se para ir embora.

Ele pensou que Mônica correria atrás dele, tentando fazer as pazes.

Sempre foi assim, sempre que ele se virava irritado, Mônica corria até ele para impedi-lo de ir.

Mas desta vez, depois de caminhar uma boa distância, ele percebeu que ela não se moveu.

Samuel parou e olhou para trás.

Não só Mônica não o seguiu, como também entrou em um carro Bentley com outro homem sem olhar para trás.