A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 139

"Samuel, eu já lhe disse inúmeras vezes que não voltarei. Além disso, eu já me casei. Por favor, não me incomode mais de nenhuma forma."

Ao terminar de falar, Mônica levantou a mão esquerda como se não quisesse dar importância.

O anel no dedo anelar da mão levantada brilhava intensamente, deslumbrante, ferindo os olhos de Samuel.

No dedo anelar da mão esquerda, estava a aliança de casamento.

Então, era verdade? Mônica realmente havia se casado? Com aquele homem que atendeu o telefone naquele dia?

A expressão de Samuel tornou-se pálida como se tivesse avistado um fantasma.

Mônica esboçou um sorriso sarcástico, e sua voz carregava uma dose evidente de sarcasmo:

"Sinto muito. Depois que terminamos, ainda houve um homem disposto a se casar comigo. E, a propósito, meu marido é cem vezes melhor que você."

Suas palavras eram carregadas de um sarcasmo indissimulável.

Como uma faca, penetraram precisamente no coração de Samuel.

De repente, ele se lembrou das coisas cruéis que havia dito a Mônica em um momento de raiva:

"Se é para acabar, então acabou. Você não deveria ser tão temperamental. O que seus pais não lhe ensinaram, eu ensinarei."

"Para qualquer homem, você, Mônica, não passa de uma mercadoria usada. Você acha que algum homem ainda vai querer casar com você depois de terminar comigo?"

Essas frases, ditas com frieza e esquecimento imediato por ele, retornaram agora como um golpe.

Somente naquele momento, ele percebeu o peso e a crueldade de suas próprias palavras.

Durante esses três anos, as palavras ofensivas que ele havia dito provavelmente foram a verdadeira razão pela qual Mônica se afastou dele.

Tendo dito o que tinha a dizer, Mônica não mostrou interesse em prolongar a conversa, virou-se e saiu sem olhar para trás.

Samuel ficou parado, atordoado.

Mônica, como na última vez que disse que iria embora, caminhou com a coluna ereta, afastando-se cada vez mais.

Ela não olhou para trás nem uma vez.

As memórias do passado invadiram sua mente como uma avalanche.

Samuel sentiu como se algo o estivesse apertando por dentro, uma dor que o impedia de respirar.

Neste momento, ele se deu conta de que o jogo de "fingir desinteresse" não funcionaria com Mônica.

Ela não tinha mais nenhum sentimento por ele.

A cada vez que ele "soltasse a corda", era como dar permissão para que ela desaparecesse sem deixar rastros.

Seu olhar se tornou sombrio.

Samuel permaneceu imóvel por um longo tempo, até que Débora o chamou suavemente pelo nome: "Samuel".