A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 142

Perguntava-se se tudo aquilo não era porque, no fundo, seus sentimentos nunca foram por Samuel, mas por Leonardo.

Mônica estava inquieta, com a mente tomada por pensamentos confusos e emoções à flor da pele.

Depois de um turbilhão de reflexões, ela resolveu deixar as suposições de lado e focar em algo mais prático: conversar seriamente com Luciana.

"Samuel e eu já terminamos. Não vejo sentido em continuarmos falando dele."

"Aliás, encontrei quem comprou aquelas informações negativas sobre mim. Foi a Débora."

Luciana imediatamente mudou seu foco ao ouvir o nome.

Com raiva, ela disse entre dentes: "Eu sabia que era ela! Não vou deixar isso barato. Vou comprar informações negativas sobre ela até que ninguém mais acredite em uma palavra do que diz!"

Mônica não tentou pará-la, pois ela tinha exatamente essa intenção em mente ao trazer isso à tona com Luciana.

Afinal, Débora havia atacado primeiro, e Mônica apenas se sentia no direito de revidar na mesma moeda.

-

No Jardim de Gaivota.

Samuel estava sentado no sofá da sala de estar, com a cabeça entre as mãos, imóvel.

A escuridão preenchia o ambiente, iluminada apenas pela luz fraca dos postes da rua que entrava pelas janelas.

Pela primeira vez, sentiu a mansão como um lugar vazio.

Quando Mônica estava por perto, tudo parecia mais tranquilo, como se o silêncio fosse um refúgio de paz. Nunca vazio…

Nesse momento, o celular tocou.

Ao olhar o visor, viu que era Rebeca, sua mãe, com quem não entrava em contato há um bom tempo.

Samuel atendeu: "Oi, mãe. O que foi?"

"Você está se envolvendo com aquela Débora novamente?"

Perguntou Rebeca, após ver fotos de Débora e Samuel juntos nas redes sociais trending topics.

Samuel hesitou antes de negar: "Não."

"Espero mesmo que não."

Ao mencionar Débora, o tom de Rebeca transbordava insatisfação.

"Você sofreu aquele acidente de carro três anos atrás. O médico disse que sua medula espinhal estava danificada e que você provavelmente nunca mais voltaria a andar. Assim que soube disso, avisei Débora imediatamente, pensando em trazê-la para o Jardim de Gaivota para cuidar de você. E o que ela fez? Sem dizer uma palavra, pegou um voo para o país A. Nem ao menos veio falar com você, só mandou um recado pela família dela."

"Além disso, não pense em trazer a Mônica de volta para o Jardim de Gaivota. Ela parece quieta e obediente, mas sabe muito bem como irritar a todos. Ela quase matou eu e seu pai de raiva!

Numa das ligações, ele ficou tão bravo que chegou a quebrar o celular. Me diga, não é suficiente para perceber como ela pode causar problemas? Se esse tipo de mulher entrar nessa nossa família, vai transformar tudo em um caos absoluto…"

Mas, antes que pudesse continuar, Samuel a interrompeu com firmeza:

"Não. Eu quero a Mônica!"

Sua voz foi cortante, deixando clara sua decisão. Desta vez, sua atitude era completamente diferente da postura hesitante que demonstrou quando Débora foi mencionada.

Rebeca ficou atônita por um momento.

Samuel nunca a tinha desafiado de forma tão direta.

"Mamãe, tem outra ligação chegando. Depois conversamos."

No passado, quando Rebeca reclamava de Mônica, Samuel permanecia apático, mas agora, as críticas despertavam nele uma irritação crescente.

Não queria prolongar a conversa, e a chegada da ligação de Débora foi a oportunidade perfeita para desligar o telefone.

Sem hesitar, atendeu a nova ligação, encerrando o assunto com sua mãe.