A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 148

Uma imensa sensação de derrota tomou conta de Samuel, despedaçando completamente seu espírito.

Após um breve momento de estupor, a fúria emergiu:

"Mônica!"

Com os olhos vermelhos de raiva, Samuel avançou rapidamente, determinado a segurar a mão de Mônica.

Era como se o brinquedo favorito de uma criança fosse levado embora, e o único pensamento em sua mente era recuperá-lo a qualquer custo.

Leonardo, atento, puxou Mônica, ainda atordoada, para trás de si.

Samuel não conseguiu alcançá-la.

Mônica então recuperou a consciência, o beijo que a deixara confusa finalmente se dissipou.

Ao encarar Samuel enfurecido, um medo instintivo tomou conta dela.

Durante aqueles três anos, Samuel frequentemente explodia em acessos de ira.

Qualquer coisa ao seu alcance era arremessada, e os alvos não eram apenas móveis; certa vez, um empregado acabou com uma concussão e precisou ser levado às pressas para a UTI.

Ela mesma fora atingida uma vez, ferindo o pé, o que a deixou meses de repouso forçado.

Essa era a razão pela qual os empregados não queriam cuidar de Samuel sozinhos.

Afinal, ninguém queria enfrentar essa tempestade violenta.

Na verdade, Mônica já previa que Samuel não desistiria facilmente.

Ela percebeu que ele era uma pessoa obsessiva, que só acreditava em suas próprias convicções.

Não importava o quanto tentassem convencê-lo, ele simplesmente ignorava.

Provavelmente, mesmo se colocassem uma certidão de casamento bem diante de seus olhos, ele insistiria que era forjada.

Pensar que ele continuaria a persegui-la a deixava exausta.

Será que ela precisaria enviar um convite formal de casamento quando se casasse com Leonardo, só para acabar com essa fixação insuportável?

Leonardo, por outro lado, estava visivelmente irritado.

Beijara Mônica com o objetivo de fazer Samuel perceber que não havia mais chances, que aquela luta estava perdida.

Mas o efeito foi o oposto: Samuel tornara-se ainda mais obstinado.

Leonardo até percebeu o medo nos olhos de Mônica.

Ele sabia o quanto ela havia sofrido no Jardim de Gaivota durante aqueles anos.

Muito havia para ser feito por ela, e talvez hoje fosse o momento perfeito para começar.

Sem hesitar, avançou, agarrando a gola da camisa de Samuel, e o soco que seguiu foi direto e potente.

O impacto foi tão forte que Samuel sentiu a visão escurecer e um filete de sangue escorreu de seu nariz.

Sentindo o gosto do próprio sangue, Samuel, enfurecido, tentou revidar.

Mas Leonardo demonstrava movimentos surpreendentemente precisos apesar de sua aparência frágil.

Antes que o punho de Samuel o alcançasse, ele foi facilmente interceptado e, com um leve empurrão, Samuel tropeçou vários passos para trás, acabando sentado no chão de forma humilhante.

Débora, que os seguia, ficou chocada a princípio.

Mas logo sua expressão mudou para uma mescla de desdém e frieza.