A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 160

Ações suaves e cuidadosas, carregadas de carinho.

Mônica sentia um calor reconfortante aquecer seu coração.

Depois de ajudá-la a secar o cabelo, Leonardo guardou o secador no armário. Ao se virar, deu de cara com Mônica, que o observava:

"Leonardo, abaixe um pouco a cabeça."

Sua voz soando suave, mas ligeiramente trêmula.

Leonardo já imaginava o que ela pretendia fazer. Seus olhos brilharam com um sorriso discreto enquanto obedecia, inclinando-se.

Mônica aproximou-se, colocando as mãos em volta do pescoço dele. Levantou-se na ponta dos pés e deu-lhe um leve beijo nos lábios.

Foi apenas um toque rápido, antes que ela rapidamente recuasse.

Por instinto, Leonardo sentiu o desejo de aprofundar aquele momento. Sua mão chegou a se mover para segurar a nuca dela, mas ele hesitou.

Ele sabia que ela era reservada e que avançar demais poderia assustá-la.

Era natural sentir nervosismo pela primeira vez. Mônica, com as bochechas levemente coradas, murmurou suavemente: "Leonardo, obrigada por ser tão bom comigo."

Leonardo afastou uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto dela, prendendo-a delicadamente atrás da orelha: "Não precisa agradecer. Cuidar da Sra. Cruz é apenas o que um marido deve fazer."

Sua voz era gentil, com uma medida de contenção e respeito.

Entre eles, havia um mútuo respeito.

Mas, no fundo, Mônica sentia algo mais:

Ela não queria que essa formalidade entre eles continuasse.

Essa formalidade parecia muito distante e fria.

Ela preferia construir uma vida mais íntima com Leonardo.

Não por outro motivo.

Apenas porque, em comparação com o respeito formal, a intimidade parecia mais calorosa, mais próxima.

Agora, ela desejava estar mais próxima de Leonardo, não queria continuar sendo tão formal e distante.

As pessoas são sempre insaciáveis, sempre querendo dar um passo a mais.

Assim como ela se sentia em relação a Leonardo…

Quando Leonardo foi tomar banho, Mônica deitou-se na cama. Mas o sono não veio até que ele retornasse e a envolvesse em seus braços. Somente assim ela finalmente sentiu-se segura.

Era uma segurança que não precisava ser explicada, apenas sentida.

Pensando bem, parecia que a presença de Leonardo a fazia se sentir segura de forma inconsciente.

Talvez fosse a estabilidade e a confiabilidade dele que transmitiam essa sensação de segurança.

O abraço era quente, e Mônica não pôde evitar se aconchegar mais nele, sentindo uma doçura sutil.

Percebendo sua aproximação, Leonardo a apertou mais em seus braços.

Leonardo a chamou, empurrando a mala em direção ao saguão do aeroporto.

Mônica não disse mais nada, seguindo ao lado de Leonardo, de vez em quando lançando olhares furtivos em sua direção.

O aeroporto estava movimentado, com pessoas indo e vindo apressadamente.

Leonardo, com sua estatura alta e elegante, destacava-se na multidão.

Seus traços eram harmoniosos, e ele possuía um ar de calma e serenidade, lidando com tudo de maneira confiante e controlada.

Era maduro e impressionante, atraindo olhares curiosos por onde passava.

Ele era, sem dúvida, o tipo de homem que ela admirava.

Depois de pegarem o ticket de embarque, Mônica seguiu Leonardo até a sala de espera do aeroporto.

Antes de chegarem à sala de espera, de repente uma voz familiar soou atrás deles:

"Mônica."

A voz continha uma mistura incontida de surpresa e excitação, com um toque de emoções complexas e indescritíveis.

Mônica virou-se e avistou, não muito longe, um homem de pele pálida e postura firme.

Seu olhar estava fixo nela, com uma expressão de tristeza confusa e indecifrável.

Era Samuel.