A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 165

Ao dizer isso, Leonardo acrescentou.

"Se a Sra. Cruz não quiser, posso muito bem dormir em um hotel."

"Você pode ficar. Afinal, esta é nossa nova casa. É o meu quarto, mas também é o quarto do Sr. Cruz."

Mônica não hesitou.

Uma vez que já havia tomado sua decisão, não via motivos para recuar da ideia de compartilhar a cama com Leonardo.

Nos dias que passaram juntos na Cidade das Araucárias, ela havia se acostumado à proximidade e ao convívio diário com ele.

Além disso, parecia desnecessário que ele fosse a um hotel quando não podia usar seu próprio quarto.

Apesar de uma sensação vaga de que algo estava fora do lugar, Mônica não conseguiu identificar o motivo. Por fim, deixou de lado qualquer inquietação.

O brilho nos olhos de Leonardo se intensificou:

"Então, a Sra. Cruz quer dizer que posso dormir em nosso novo quarto daqui para frente?"

Mônica ergueu o olhar.

Leonardo vestia uma camisa preta, com os dois primeiros botões desabotoados, e estava encostado no batente da porta.

Os cílios longos estavam ligeiramente baixos. Seus olhos eram profundos e escuros como a galáxia mais brilhante, facilmente fazendo com que alguém não conseguisse desviar o olhar.

Eles pareciam um abismo sem fundo, com um poder fatal de atração que fazia as pessoas se afogarem sem perceber.

Antes que pudesse pensar, ela disse: "Pode."

Depois de falar, ela finalmente se deu conta…

Ela havia respondido rápido demais, parecendo ansiosa...

O sorriso de Leonardo se ampliou levemente, e ele riu baixo.

"A Sra. Cruz não acha que me chamar de 'Sr. Cruz' soa um tanto impessoal? Você não costuma me chamar assim na frente dos outros."

Lembrando-se de como ela o chamou de "querido" naquela manhã na frente de Samuel, Mônica ficou um pouco envergonhada, mas não conseguiu pronunciar aquelas palavras.

Mesmo sendo simples, pareciam pesar uma tonelada.

Só de pensar nisso, ela já sentia suas bochechas aquecerem.

Embora gostasse de Leonardo, ela ainda não estava tão à vontade para expressar seu afeto de maneira tão direta. Não era de sua natureza dizer coisas que lhe custavam tanto a fluidez.

Dizer coisas que não conseguia expressar.

Leonardo aguardou pacientemente por uma resposta e, ao perceber que Mônica não responderia, não insistiu.

Certas coisas não podem ser apressadas.

Com um gesto casual, ele estendeu o dedo indicador e tocou de leve no nariz dela, como se não fosse nada demais: