A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 193

Depois de se sentirem satisteitos com o churrasco, Leonardo e seus dois amigos fizeram questão de limpar o local, enquanto Luciana levou Mônica Santos até um canto da plataforma para que elas pudessem apreciar a paisagem.

Em um recanto da plataforma, havia um gazebo. Dentro dele, uma mesa de madeira e cadeiras circulares estavam dispostas, convidando ao descanso.

Sobre a mesa estava colocada uma lâmpada a óleo, cuja chama dançava brilhantemente ao sabor do vento.

A noite já havia caído, e a maioria das casas ao redor se misturava à escuridão. Apenas as lanternas penduradas nos beirais se destacavam, lançando uma luz laranja suave, como pequenas estrelas sob o manto noturno.

Não muito distante, o lago refletia a cena. Ao seu redor, salgueiros, gazebos e casas formavam um cenário tranquilo.

A brisa do morro soprava, fazendo os galhos dos salgueiros balançarem com suavidade. A luz das casas refletia na água do lago, criando um brilho cintilante, como se o luar fosse pintado sobre a superfície, trazendo consigo um toque de poesia e arte.

O vento estava mais forte no gazebo, e Luciana esfregava as mãos, tentando se aquecer. Foi nesse momento que notou que Mônica não só vestia um casaco grosso, mas também usava uma touca.

Ela parecia bem agasalhada.

Luciana perguntou: "Essa touca foi o Leonardo quem te deu, não foi?"

Ela se lembrava bem de Mônica não ser muito sensível ao frio.

O inverno na Ilha da Pedra Pintada era sempre coberto de tempestade e névoa, e ela costumava sair ao ar livre com touca e luvas, para se proteger do frio.

Mônica, no entanto, costumava pintar ao ar livre sem se preocupar com o frio. Ela passava horas sentada, e quando voltava para casa, suas mãos ficavam geladas, mas ela sempre dizia que não sentia tanto frio assim.

Mônica assentiu suavemente: "Sim."

"O Leonardo realmente cuida de você com muita atenção."

Mônica sorriu, sem contestar.

Leonardo sempre foi um homem meticuloso, atento em tudo o que fazia, principalmente quando se tratava dela. Ele levava a palavra "atenção" muito a sério em todos os aspectos da vida.

Luciana piscou para ela.

"Com um homem tão bom como o Leonardo, você deveria tomar a iniciativa. Seja um pouco mais ousada, domine-o."

Mônica corou imediatamente, imaginando a cena de dominar Leonardo. Era algo que ela não conseguia sequer imaginar.

Por fim, ela balançou a cabeça: "Deixa pra lá, acho que isso é quase impossível para mim."

Só de pensar em palavras como "dominar", ela sentia vergonha.

Luciana apoiou o rosto na mão: "Estava só brincando. Com seu jeito? Dominar alguém, imagina.

"Deixa pra lá, deixa pra lá, falar de namoro... Isso só atrapalha minha paz de espírito. Acho que estar sozinha é o melhor para mim."

O sentimentalismo de Luciana não durou mais do que cinco segundos, e logo ela voltou ao seu jeito brincalhão de sempre.

Quando viu Leonardo se aproximando à procura de alguém, Luciana não disse mais nada e inventou uma desculpa para se afastar.

De longe, Leonardo já conseguia avistar Mônica sozinha no gazebo. Sua figura esbelta e reta, como um bambu, estava iluminada pela luz da noite, irradiando dignidade.

Ela estava exatamente no ponto onde o vento soprava mais forte, fazendo os cabelos que escapavam da touca voarem, como se ela fosse levada pelo vento a qualquer momento.

Leonardo não resistiu e segurou a mão dela.

Mônica, absorta na paisagem noturna, mal percebeu a aproximação dele até que um par de mãos quentes envolveu as suas, fazendo-a virar-se.

O rosto excessivamente bonito de Leonardo apareceu diante dos seus olhos.

Logo depois, uma voz suave sussurrou em seu ouvido: "Já é tarde, deveríamos voltar."

Mônica olhou para trás e, em um piscar de olhos, o fogo do churrasco já se havia extinguido e a plataforma estava deserta.

Na vasta plataforma, restavam apenas ela e Leonardo.