A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 215

Em frente ao edifício.

Um Bentley preto, com as luzes de emergência piscando, estava estacionado à beira da estrada.

Mônica entrou no carro primeiro, seguida por Leonardo.

Ela cumprimentou o assistente e, assim que o carro começou a se mover, virou a cabeça para observar a paisagem através da janela.

A temperatura da manhã na Ilha da Pedra Pintada estava baixa, e o aquecedor do carro estava ligado, criando uma sensação aconchegante. A grande diferença de temperatura entre o interior e o exterior do carro fez com que as janelas se cobrissem com uma camada de névoa, tornando a paisagem lá fora difusa e quase onírica.

"Sra. Cruz, talvez eu precise viajar a trabalho esta tarde. Estou apenas informando meu palno."

A voz de Leonardo, que começou distante, foi se aproximando gradualmente até alcançar seus ouvidos. Sem que ela percebesse, ele já estava mais perto.

Sua voz era suave e melodiosa, um verdadeiro deleite para os ouvidos.

Mônica murmurou um "ok" - sentindo imediatamente um aperto no coração: "Por quantos dias?"

"De três a cinco dias, no mínimo. É um projeto muito importante."

"Tudo bem."

"Eu já entrei em contato com a administração do Condomínio Parque das Acácias para reforçar a segurança. Assim, mesmo que Samuel tente, ele não conseguirá entrar."

Na verdade, foi Leonardo quem facilitou a entrada de Samuel no Condomínio Parque das Acácias, orientando os seguranças a deixá-lo entrar.

Afinal, não é qualquer pessoa que pode ter acesso a uma área residencial de alto padrão.

"Ok."

Mônica respondeu baixinho, tentando ignorar um sentimento estranho que surgia em seu coração.

"Uma babá virá para preparar as refeições para a Sra. Cruz durante a minha ausência no Condomínio Parque das Acácias.

Se sentir desconfortável ficando sozinha no Condomínio Parque das Acácias, pode ficar na casa da Luciana por um tempo. Eu a buscarei assim que retornar da viagem."

"Quando chegar o momento, eu vejo o que eu faço."

"Tudo bem."

Leonardo abaixou os olhos e, de repente, se inclinou para sussurrar em seu ouvido:

"Quando a Sra. Cruz me apresentou a alguém mais cedo, senti um orgulho imenso por ser reconhecido pela Sra. Cruz."

O calor da respiração de Leonardo roçou a ponta da orelha de Mônica, irradiando uma doçura que se infiltrava delicadamente nas profundezas de seu coração - camada por camada.

Mônica murmurou um "ah" suavemente, e seus dedos delicados inconscientemente tocaram o braço dele.

No momento seguinte.

A mão bem definida de Leonardo enlaçou a dela.

Sua palma larga e firme envolveu completamente a mão fria de Mônica.

Provavelmente porque havia menos pessoas desta vez, Mônica não se sentiu tão constrangida quanto nas outras vezes.

Ela assentiu em concordância e disse: "De fato, Leonardo toca muito bem violão. Eu o ouvi tocar uma vez."

Jéssica esboçou um sorriso discreto, encerrando o assunto sem prolongá-lo. Em seguida, abriu uma caixa de madeira adornada com detalhes elegantes e retirou um álbum de fotos.

Ela perguntou: "Você provavelmente não chegou a ver as fotos de Leonardo quando ele era pequeno, certo?"

Mônica balançou a cabeça em negação.

Na verdade, ela sabia muito pouco sobre Leonardo.

Na última vez em que esteve na casa principal, tudo estava muito corrido.

Até então, ela nunca havia cogitado a ideia de conhecer melhor Leonardo. Esse interesse só despertara recentemente, de forma inesperada.

"Deixa eu te contar, ele era bem feinho quando nasceu."

Jéssica disse, com um tom de brincadeira, enquanto mostrava uma foto no álbum.

"Olha só, essa foto foi tirada logo que ele nasceu. Naquela época, Leonardo era tão pequenino e magrinho, com o rosto todo enrugado, parecia demais com o pai dele quando era bebê.

Para ser honesta, no momento em que Rafael nasceu, eu quase não conseguia acreditar que aquele era meu filho."

Jéssica falou com um tom bem-humorado, e Mônica não conseguiu segurar o sorriso. Seus olhos e sobrancelhas se iluminaram com um brilho divertido.