A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 254

Essa criança foi concedida porque Débora drogou Samuel para dormir com ela.

Usar um método tão desprezível para engravidar só demonstra que eles não têm razão, especialmente considerando o incidente ocorrido três anos atrás. Mesmo que essa situação se tornasse pública, quem passaria vergonha seria a família Gomes.

Cláudia perdeu o tom de convicção inicial e, hesitante, perguntou: "E o que faremos com a criança que Débora está esperando agora?"

Rebeca sorriu friamente: "Embora essa criança talvez nem seja de nosso Samuel, considerando o histórico entre nossas famílias, vamos assumir que seja.

Trezentos mil. Você leva Débora para interromper a gravidez.

Se ninguém falar sobre isso, ninguém jamais saberá.

Logo enviarei um empregado com o cheque para cobrir todas as despesas médicas e o suporte nutricional subsequente. Assim, resolvemos isso de maneira discreta, sem prejudicar a relação entre as famílias. Fazer um escândalo seria desnecessário."

Isso era algo que poderia ser dito?

A criança foi concebida na segunda vez, e sem que Débora usasse qualquer droga. Naquela ocasião, foi Samuel quem a convidou.

Débora nunca imaginou que Samuel e a família Machado agiriam de maneira tão desonrosa, jogando toda a culpa nela para se livrarem de qualquer responsabilidade.

E o desprezo na voz de Rebeca era nítido.

Débora sentiu uma onda de derrota e humilhação. Com raiva, suas mãos tremiam ao lado do corpo, cerradas em punhos.

Cláudia permaneceu em silêncio, sem ter o que dizer. Internamente, concordava com cada palavra de Rebeca.

Após desligar, Cláudia olhou para Débora e disse com um tom cansado: "Talvez seja melhor não ficar com essa criança."

Apesar de não concordar com as ações de Débora, Cláudia falou com gentileza.

Afinal, o incidente daquela manhã ainda estava fresco em sua memória. Temia que, se pressionasse demais, Débora tentasse algo drástico novamente, o que só complicaria ainda mais a situação.

Era exatamente isso que Débora queria. Ela não podia simplesmente desistir da criança.

Concordando com um aceno de cabeça, mas sem dizer nada, Débora subiu as escadas.

Assim que fechou a porta do quarto, atirou os objetos da mesa no chão com violência.

Ela estava furiosa.

E insatisfeita.

A criança foi fruto de muito esforço, e ela não podia simplesmente desistir dela.

Ela também não estava disposta a aceitar o conselho de Cláudia e se contentar com um casamento comum, com um homem qualquer.

Ela tinha ambições maiores. Queria se casar com alguém poderoso, um verdadeiro rico de uma família influente. Por que deveria aceitar algo menor?