A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 263

Depois de um longo tempo, Henrique finalmente falou com indiferença: "Posso mandar apagar as buscas populares e divulgar uma declaração afirmando que aquelas fotos foram manipuladas, que não temos nenhum envolvimento. Também posso te dar uma boa quantia como compensação... Desde que não seja casamento. Que tal?"

Para Henrique, Fabiana era completamente inadequada como esposa - sem atributos louváveis e com inteligência limitada.

Além disso, casar com ela seria um grande desrespeito à vontade de seus pais.

Fabiana perguntou diretamente a ele: "Henrique, minha reputação foi destruída por sua causa, e você ainda age como se nada tivesse acontecido. Acha mesmo que é tão simples assim?"

Apesar do tom indiferente, ela percebeu algo importante: Henrique não estava totalmente imune à sua ameaça.

Ele ainda temia que ela decidisse arrastá-lo junto para o abismo em um momento de desespero.

Henrique não respondeu de imediato, irritado por se sentir manipulado tão facilmente por uma mulher.

O cigarro queimou até seus dedos antes que ele despertasse de seus pensamentos e jogasse a bituca no chão.

Henrique ainda falava com um tom indiferente: "Então não tem jeito. Eu não posso te aceitar como esposa, e casar com você. O que eu ganharia? Uma peça decorativa que não sabe fazer nada ou alguém sem cérebro?"

"Preferia casar com sua irmã do que com você."

Fabiana sentiu um arrepio, quase deixando a taça de vinho cair no chão.

Essas palavras de Henrique pisaram exatamente em sua ferida.

Desde pequena, o que mais odiava era ser comparada com Mônica!

Especialmente o ódio de ser considerada inferior a Mônica.

O que Mônica tinha que ela não tinha?

Desde pequena, Mônica sempre foi rejeitada pela família, enquanto ela, com sua inteligência e habilidade, se tornou a princesinha adorada pela família Santos.

Em que Mônica era melhor que ela?

Ela cerrou os dentes, com os olhos vermelhos de raiva.

Ela não queria se casar com Leandro por um motivo simples: não queria perder para Mônica. Por que Mônica se casaria em uma família poderosa como a família Cruz, enquanto ela seria forçada a se casar com um homem velho e repulsivo?

Henrique continuou preguiçosamente: "Ou você pula ou eu te dou 100 mil. Decida."

Henrique não escondeu a repulsa em sua voz.

Ele queria que Fabiana entendesse o recado, para que desistisse antes de se humilhar ainda mais.

Também era uma forma de testá-la.

Ele acreditava que Fabiana estava apenas blefando, que nunca teria coragem de pular de verdade.

Fabiana ficou furiosa.

Ela tentou manter a calma e disse: "Amanhã, leve seu documento de identidade ao Cartório de Registro Civil. Se eu não te encontrar no local, nem imagino o que posso fazer.

Afinal, não tenho mais nada a perder... E não me importo de tomar uma atitude extrema."

Antes que a efervescência da opinião pública se acalmasse, ela precisava garantir seu lugar como a jovem senhora da família Correia.

Mesmo sem saber o que o futuro lhe reservava, estava sem saída e precisaria jogar todas as suas cartas.

"Pode ser."

Henrique respondeu com uma voz tranquila, sem prolongar a conversa, e desligou o telefone.

A varanda estava envolta em escuridão. A penumbra ocultava completamente seu rosto, tornando impossível decifrar sua expressão.

O som de um isqueiro acendendo quebrou o silêncio. A chama iluminou a escuridão, refletindo em seus olhos um brilho gelado.

Henrique tirou um cigarro do maço e o acendeu com calma.

Um sorriso de escárnio curvou levemente seus lábios.

Era quase cômico imaginar que um simples certificado de casamento pudesse prendê-lo e permitir que Fabiana ocupasse o cobiçado título de jovem dona da família Correia.

Ela era realmente muito ingênua.