A Vitória do Verdadeiro Amor romance Capítulo 280

Embora dissesse isso, na verdade Leonardo sequer havia chamado ninguém. Não queria que outras pessoas interferissem no mundo especial que compartilhavam.

Mônica pensou por um momento em chamar Luciana, mas lembrou-se de que ela estava trabalhando no turno da noite e abandonou a ideia.

A estrada que levava para fora da cidade estava praticamente deserta, e após cerca de meia hora, eles chegaram ao Jardim do Crepúsculo Serrano.

A noite no Crepúsculo Serrano era ventosa e o ar estava impregnado de um frio cortante.

Mônica estava vestida com um suéter e um casaco, envolta firmemente, mas ainda sentia o vento gelado se infiltrando por toda parte.

Leonardo segurou a mão dela com firmeza, caminhando à frente com sua postura imponente, protegendo-a da maior parte do vento gelado.

Eles se hospedaram na mesma casa em que tinham ficado na última vez, e o jantar foi entregue diretamente no quarto pelo serviço de quarto.

Após o jantar, Mônica descansou um pouco antes de subir para o estúdio de pintura.

Praticar as técnicas básicas diariamente era fundamental. Até mesmo um dia sem prática poderia comprometer sua precisão artística.

Quando saiu do estúdio, já eram onze horas.

Descendo as escadas, avistou Leonardo sentado no sofá da sala, com um computador à sua frente, claramente concentrado no trabalho.

Assim que a viu descendo, Leonardo se levantou e perguntou: "Terminou de praticar?"

Mônica acenou com a cabeça: "Sim. Podemos ir agora."

"Espere só um instante."

Leonardo entrou em um dos quartos do primeiro andar e retornou carregando várias coisas - uma touca feminina, luvas e um cachecol.

Mônica ficou surpresa, pois não esperava que Leonardo tivesse se preparado com tanto cuidado.

Com gestos precisos, ele colocou a touca e as luvas nela e enrolou o cachecol ao redor de seu pescoço, dizendo em seguida: "Agora podemos sair."

A touca e o cachecol ainda conservavam um pouco de calor, aquecendo o coração dela com uma sensação aconchegante.

Mônica olhou para cima, perguntando baixinho: "Por que a touca e o cachecol estão quentes?"

Leonardo, segurando sua mão enquanto saíam, respondeu com serenidade: "Aqueci um pouco, temendo que você sentisse frio."

Uma cálida sensação tomou conta do coração de Mônica, inundando-o com uma emoção profunda e difícil de descrever, cheia de afeto e ternura.

De repente, ela parou e chamou o Leonardo: "Abaixe a cabeça."

Leonardo, não sabendo o que ela pretendia fazer, obedeceu e se inclinou.

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Na Cidade das Araucárias.

Rebeca retornou para a Villa dos Flamboyants da família Machado, após um longo jantar. Já eram onze e meia.

Antes mesmo de entrar, seu olfato captou um forte cheiro de fumaça impregnando o ar.

Ao trocar os sapatos e atravessar o hall de entrada, encontrou Ronaldo sentado no sofá da sala de estar, segurando um cigarro pela metade entre os dedos.

No cinzeiro da mesa de centro, várias bitucas de cigarro estavam largadas de qualquer maneira.

Surpresa, Rebeca perguntou: "Ronaldo, por que começou a fumar de novo? Não tinha parado?"

Sem erguer os olhos, Ronaldo deu uma longa tragada no cigarro, soltando lentamente a fumaça pelo canto da boca: "Estou estressado."

Rebeca caminhou até o bebedouro, serviu-se de um copo d'água e perguntou distraidamente: "O que aconteceu? Não parece ter nada de errado na empresa ultimamente."

Ronaldo permaneceu em silêncio, fumando seu cigarro em silêncio contemplativo.

Após um longo momento, finalmente disse: "Rebeca, talvez devêssemos permitir que Débora se case com nosso filho."